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Cláudia Jacques conta tudo sobre as polémicas com Olivier: “Já não sei se o que sinto por ele é amor”

A relações públicas quebra o silêncio para falar de Olivier da Silva, o homem com quem esteve 1 ano casada e que foi detido e acusado de burla qualificada.
Por Ana Cristina Esteveira | 08 de abril de 2017 às 20:03
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Estava ainda embalada pela paixão e a viver um casamento de sonho ao lado de Olivier da Silva, quando foi confrontada com a detenção do marido por suspeita de burla qualificada, falsificação, usurpação de funções e branqueamento de capitais. Apesar de todo o mediatismo, Cláudia Jacques manteve-se sempre ao lado do homem que havia conhecido há um ano, em Paris, e com quem havia casado em outubro 2015. Aguentou firme e sempre de cabeça erguida. Só quatro meses mais tarde, e após uma segunda detenção policial, é que a conhecida relações-públicas decidiu terminar o casamento.

Nunca falou sobre o assunto. Até agora! Cláudia Jacques abre pela primeira vez o coração e conta o inferno que viveu depois de Olivier da Silva, de 38 anos, ter sido detido e acusado pelas autoridades por alegados atos de burla. Contudo, não esquece os bons momentos que viveu ao lado do empresário.

Nesta entrevista, Cláudia fala ainda dos seus sentimentos, de como não consegue deixar de usar o anel de noivado e como continua a acreditar no amor.

Está com ar de estar muito tranquila e feliz. É assim que se sente?

Acabei de chegar de uma grande viagem e, curiosamente, nem consigo denominá-la de férias, porque foi uma experiência tão intensa de conhecimento e aventura, ao mesmo tempo que foi muito cansativa. Fiz tantos e tantos quilómetros que vim de lá exausta. Isto para dizer que não recarreguei baterias como acontece quando vamos descansar. Foi uma viagem que adorei fazer e na qual tive a companhia do meu bom amigo, Diamantino Martins.

Onde foi essa viagem?

Nova Zelândia, Austrália e Tasmânia. Nunca tinha estado num sítio não longe de casa. Faço sempre alguns votos na passagem do ano, e um desses votos era fazer algumas viagens ao longo deste ano. Não poderia ter começado melhor.

Esta viagem serviu para encontrar a tranquilidade pela qual tanto ansiava?

Também. Comecei o ano neste encontro tão pleno com a natureza e, não o nego, isso ajuda muito a clarificar as ideias. Sim, foi uma viagem que também serviu para equilibrar-me, colocar as ideias no lugar e reencontrar de novo a minha paz.

Cláudia Jacques
Cláudia Jacques Foto: Carlos Ramos

É público que 2016 não foi um ano fácil para a Cláudia.

Curiosamente foi um ano que teve muitas coisas boas. Casei com o Olivier em outubro de 2015 e tivemos um ano de muita plenitude que durou até junho, mês em que as chatices começaram a aparecer. Recordo que no início do ano passado também fiz uma ‘roadtrip’  pela Europa com o meu marido. A verdade é que nesta viagem que fiz agora tive muitas saudades da outra e lembrei-me de tudo o que vivemos nesse périplo a dois. Tive momentos muito bons com o Olivier e, por isso, não posso dizer que foi um ano totalmente mau. Foi só em junho que as coisas começaram a tomar proporções que eu não estava à espera e que acabaram por estragar tudo de bom que tínhamos para trás.

Foi apanhada completamente desprevenida?

Diria quase completamente, porque a dada altura tentaram contar-me algumas coisas. Mas sempre por meias palavras, nunca me disseram nada de forma explícita e eu acabei por não dar muita importância. Tenho a noção que, por vezes, as pessoas falam demais e quando nos vêem felizes gostam de atirar umas farpazitas. Depois das coisas acontecerem é que muitas pessoas se chegaram ao pé de mim a dizer que me queriam ter avisado mas que não tinham tido coragem.

Como é que se lida com estes acontecimentos?

É muito complicado… nunca se está à espera de uma coisa destas e não se está preparado. Aquilo caiu como uma bomba na minha vida. O que fiz para manter a minha sanidade mental foi isolar-me de tudo. Não comprava revistas nem jornais, não via o que dava na televisão e nunca fui à internet procurar saber de nada. Além disso, durante os primeiros 15 dias a seguir à detenção, mantive o meu telefone sempre em silêncio e deixei de atender chamadas. Esta foi a maneira que encontrei de não falar com alguém sobre o assunto e não dar respostas a ninguém.

Cláudia Jacques
Cláudia Jacques Foto: Carlos Ramos

Sentiu-se apoiada durante a fase mais complicada?

Senti muito carinho, mesmo. Foi bom perceber que as pessoas ligavam mas eu não estava em condições de responder a todos. Se não tivesse tido mão, sei que iria ficar muito em baixo. Tive mesmo que passar por este isolamento total, pois sabia quanto menos soubesse, menos me iria incomodar.

O mediatismo teve consequências graves?

A tão violenta extrapolação que aconteceu na imprensa teve repercussões dramáticas na nossa vida.

Nunca julgou o seu marido?

Não. Questionei-o e, de repente, senti que, afinal, ao fim de um ano de vida em comum, não sabia tudo sobre o meu marido. Percebi que havia coisas que devia saber e que ele tinha que me explicar. E ele explicou. Reconheço que as explicações que ele me dá, não batem tão certo com aquilo que a imprensa escreveu. Acho que nisto tudo, tanto de um lado como do outro, há meias-verdades e meias-mentiras. Onde está a verdade, não sei até hoje. É inegável que isto teve consequências desagradáveis na nossa vida e fez com que das conversas passássemos rapidamente às discussões, não é que fossem discussões violentas, nada disso. Mas para ser honesta, os ânimos começaram a ficar mais alterados, o discurso já não era exatamente o mesmo e isto foi criando desconforto em mim e afastamento. Comecei a ficar com dúvidas em relação ao Olivier.

Alguma vez se sentiu traída na sua confiança?

Não, isso não. Independentemente de tudo, acredito que se o Olivier não me contou coisas do seu passado fê-lo com a melhor das intenções. Não foi para ser desonesto ou para me enganar, mas sim porque se apaixonou perdidamente por mim e pensou que se logo no início da nossa paixão me dissesse certas coisas do seu passado iria deitar por terra a magia que nos estava a unir. Ele sabia que eu iria assustar-me e acabaria por não querer casar. Em nome do amor que ele sentia por mim, preferiu não falar em nada. Acho também - digo ‘acho’  porque até hoje continuo a não ter certezas de nada – que ele foi tentando resolver as coisas para que eu nunca viesse a saber.

Acredita, então, que o Olivier não mentiu mas simplesmente ocultou?

Foi exatamente isso. Mentir ele não podia porque eu não tinha como o confrontar com algo que nem sequer sabia existir. Portanto, o que aconteceu foi ocultar-me factos para não destruir o nosso amor. Durante um ano dedicou-se inteiramente a mim.

Cláudia Jacques
Cláudia Jacques Foto: Carlos Ramos

Foi o homem da sua vida?

Não sei. Cada pessoa tem a sua importância consoante o momento em que estamos da nossa vida. Por exemplo, quando tinha 20 anos a pessoa que estava na minha vida fazia sentido naquela altura, contudo hoje já não sou a mesma… mudei. Isto para dizer que o Olivier fez sentido na mulher que eu sou, hoje. Mas há uma coisa que tenho mesmo que dizer: ele foi um excelente marido. Sempre o disse e direi até ao fim. Tratou-me muito, muito bem. Fez de mim a prioridade da vida dele e quem não gosta de se sentir acarinhada desta maneira? Focou-se por inteiro a mim e a tudo o que me dizia respeito, como é o caso das minhas filhas, dos meus amigos, da minha família, da minha casa e do meu trabalho. Senti-me muito acarinhada e, se calhar, pela primeira vez tive um marido que se preocupou verdadeiramente comigo, que me respeitou sempre e que tinha admiração pela mulher que sou e pelo que faço. É evidente que isso dá um aconchego e um bem-estar que de repente me foi tirado, roubado… fiquei, admito, devastada.

Durante todo este processo aguentou-se firme e não abandonou o ‘barco à primeira’.

Não mesmo! Estive sempre ao lado do Olivier. Curiosamente, foi sempre detido em trabalhos meus, ou seja, em locais onde estava a imprensa… até parecia de propósito. E, isso, também acabou por dificultar ainda mais as coisas. No entanto, aguentei e recebi-o sempre porque para mim não fazia sentido desistir enquanto não soubesse da verdade. Recusei-me a fazer um tribunal dentro de casa nem queria ser a juíza do meu próprio marido. Não podia ser a acusá-lo antes de tudo e de todos, ainda por cima nem sequer tinha bases para tomar essa atitude. Continuo a dar o benefício da dúvida ao Olivier.

Ninguém a pode acusar de não ter tentado.

Acho mesmo que não, mas também não posso pôr uma mordaça na boca de ninguém. Cada um vê as coisas à sua maneira e as pessoas são precipitadas e tiram conclusões muita rapidamente. Como mulher não posso desistir porque quando me casei com o Olivier fiz os meus votos: ‘Na saúde e na doença, na alegria e na tristeza’. Perante isto, não está certo desistir à primeira coisa mais desagradável que me acontece na vida. Não podia virar as costas e abandoná-lo. Ninguém abandona as pessoas com quem têm laços. Quem é que abandona uma mãe, um filho, um pai ou um irmão quando há um problema? É suposto dar o benefício da dúvida e tentar.

Quando é que percebeu que as coisas não estavam bem entre vocês?

O assunto tomou proporções diabólicas na nossa vida e no nosso dia-a-dia. Além disso, comecei a ter receio que isto me prejudicasse no meu trabalho. Quem me contrata poderia, eventualmente, sentir-se desconfortável por estar envolta numa situação que me estava a fragilizar. Isso também pesou, assumo. Não sei o que o futuro me reserva, mas sei que tentei e que fui até não conseguir mais. Sabia que iria até me sentir sufocar e foi assim que estava no final do ano.

Mas continuaram juntos mesmo depois do divórcio…

É verdade porque como expliquei ao Olivier um divórcio não tem necessariamente que implicar uma separação. Foi o que fizemos, assinamos os papéis mas continuamos juntos. Mas de outubro até ao final do ano, e por alguma imaturidade do Olivier, que tem só 38 anos, e também por estar devastado com isto tudo, teve uma reações que me desiludiram… foi a gota de água num copo que estava prestes a transbordar.

Foi aí que decidiu que tinha chegado ao fim?

Sim. Disse ao Olivier que o melhor era cada um fazer o seu caminho. Sentia necessidade de me acalmar, fortalecer, reencontrar a minha paz e enfrentar tudo e todos. Percebi que tanto eu como o Olivier estávamos a precisar de termos o nosso próprio espaço.

Não descarta a hipótese de se reconciliarem?

Os sentimentos não se arrancam dentro de nós com essa facilidade toda. Volto a dizer: o Olivier a mim nunca me fez mal nenhum.

Ainda o ama?

Não sei como posso definir o que sinto por ele. Sinto umas saudades muito grandes daquele ano em que fomos muito felizes. Em conheci-o em junho de 2015 e até junho de 2016, tive um ano maravilhoso e morro de saudades desse ano. Foi um ano que nunca na vida esquecerei e que se sobrepõe a tantas outras coisas. Quanto ao que sinto, já não sei.

Ainda o ama?

Alguma vez enfrentou as pessoas com vergonha?

Nunca, nunca, nunca. Primeiro, porque acho que tive a postura que deveria ter, ou seja, ter ficado ao lodo do meu marido e não ter desistir dele à mais pequena coisa. Digo mais, se este assunto não tivesse sido tão mediatizado e se eu não fosse conhecida acredito que ainda estaríamos juntos como acontece com tantos outros casais que têm a possibilidade de resolver as coisas na intimidade. Mas não, nunca tive vergonha de nada porque sou uma mulher digna, como sempre fui, sou respeitadíssima por toda a gente, sou super honesta, super séria e muito dedicada ao meu trabalho, à minha família e aos meus amigos. Mas deixe-me ainda dizer-lhe que o problema do meu marido são ‘peanuts’ em comparação com as coisas gravíssimas que acontecem neste país. Admito que sendo um empresário tenha tido negócios que não correram tão bem ou que até tenha passado por uma fase menos boa na sua vida e que feito coisas das quais hoje se arrepende, mas isso não é motivo para eu me envergonhar. O passado do Olivier não me pertence. Não há nada a apontar-lhe do tempo em que esteve comigo.

Foi "acusada" nas redes sociais de ter sido conivente. O que tem a dizer sobre isso?

Desconheço esse tipo de acusações, pois como disse não li nada e até suspendi temporariamente as minhas páginas no Facebook para não ter que lidar com pessoas mal-educadas ou mal-intencionadas que me queriam atacar. A mim não me podem acusar de nada porque nunca fui conivente com nada e, aliás, as coisas de que falaram sobre o Olivier eram todas anteriores à minha existência na vida dele.

Reparo que continua a usar o seu anel de noivado…

É verdade. Custou-me muito tirar a aliança [começa a chorar] mas o anel de noivado… fica.

Como é que a sua família lidou com toda a avalanche de notícias?

As minhas filhas continuam a gostar muito do Olivier, pois ele sempre foi impecável com elas. Por isso, tentaram alhear-se o mais possível de tudo o que estava a acontecer. Já são crescidas, a mais velha tem 21 anos e a mais nova 17, por isso, tentaram que isto não as perturbasse. Sempre as ensinei a serem fortes e estas coisas também nos ajudam a crescer e perceber, na prática, como enfrentar as pessoas e as coisas de cabeça erguida sem ter vergonha de nada. Na verdade não há nada que nos possa envergonhar a mim ou às minhas filhas. Os meus pais também tentaram não se meter em assunto nenhum, mas sempre receberam muito bem o Olivier. Conversaram muito com ele e o Olivier, por sua vez, contou-lhes muitas coisas. Nunca teceram qualquer tipo de opinião e estiveram de pedra e cal ao nosso lado.

O seu trabalho ressentiu-se?

Sinceramente, penso que não. Os meus amigos, por acaso, tiveram esse medo mas não sinto que tenha acontecido. Pode ter acontecido que um ou outro contrato não me tenha chegado às mãos, mas isso também nunca irei saber. Continuei a ter sempre trabalho.

Que projetos é que tem entre mãos neste momento?

Continuo a trabalhar como relações-públicas, que é o que eu gosto muito de fazer. Sinto que as pessoas notam a diferença quando eu estou ou não estou, pois sabem que tenho uma forma simpática e carinhosa de as receber. Por outro lado, quem me contrata também sabe que sou extremamente esforçada e fiável. Tenho a certeza que as pessoas continuam a gostar da minha imagem, da pessoa que sou, daquilo que represento e, por isso, continuam a confiar muito em mim.

Não há mais nada de novo?

Há sempre novos desafios que me vão lançando e que eu nunca sei o eu me espera. Houve uma fase em que aceitava mais desafios, mas não sei se foi pelo que passei, decidi que só vou fazer o que me sinto confortável a fazer. Estou mais seletiva e despendida.

Não posso deixar de lhe perguntar o segredo da sua boa forma física e da sua juventude.

São muitos… Mas posso dizer que é fundamental estar bem para que a beleza se torne visível aos olhos dos outros. É importante estar feliz, ter as ideias arrumadas, estar em harmonia e em paz. A partir daí, o resto vem. Se estivermos nesta fase, gostamos mais de nós e temos tendência para nos cuidarmos mais. Além disso, sempre tive o cuidado de fazer uma vida saudável. Sou muito disciplinada.

O que é que ainda lhe falta fazer na vida?

Continuar a viajar. Já viajei muito, é verdade, mas este é o meu maior prazer. É o dinheiro mais bem empregue e sou capaz de poupar em algumas coisas para poder viajar.

É uma mulher feliz?

Sou. Estou sempre a dizer às minhas filhas que ser feliz é muito simples. Normalmente, as pessoas complicam muito. Para mim ser feliz é ter saúde e estar inteira. Ter a família de que gosto, ter bons amigos, ter trabalho, viver onde vivo, gostar do que faço… não preciso de mais nada para ser feliz.

Nem o amor?

O amor vou tendo, mas não é o mais importante na minha vida de há algum tempo para cá. E isto não é um contra-senso relativamente ao que disse sobre o Olivier. Isto é para dizer apenas que eu tanto seu viver numa relação, como sei viver sozinha. Não é fácil, admito. Essa é a razão por que a maior parte das pessoas não sabe estar sozinha e, por isso, anda numa fuga para a frente à procura da tal felicidade. Já eu penso que a felicidade está centrada em mim e, se depois, poder ter uma pessoa na minha vida que não me vem subtrair, mas sim adicionar e dar algo de bom, é maravilho. É um ‘upgrade’ na minha felicidade, mas nunca a minha felicidade dependerá de uma relação.

Resta perguntar: está disponível para encontrar um novo amor?

Costumo dizer que vou morrer a tentar, mas não vou desistir. A Elizabeth Taylor teve 7 maridos e eu já tive 5, o que significa que posso continuar a tentar. Neste momento, estou numa fase que preciso muito estar sozinha e é assim que me sinto bem. Não me estou a ver a ter alguém agora a invadir o meu espaço e a minha vida. Quanto tempo será, não sei… não penso no assunto nem projeto nada. Não ando à procura de nada. Estou bem!

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