
Continua a batalha na Justiça entre António Pedro Cerdadeira, de 55 anos de idade, e a ex-companheira, Susana Silva, de 56. O ator viu o Tribunal de Sintra deduzir acusação contra si, pela prática do crime de violência doméstica agravada contra a ex-namorada, com o Ministério Público a pedir medidas de afastamento da vítima e uma pena de prisão efetiva entre três a cinco anos.
António Pedro também tinha feito queixa-crime contra Susana Silva pela prática do mesmo crime, mas a Justiça arquivou todas as suas acusações. No programa da CM Rádio 'Siopa Convida', o ator de 'A Herança', da SIC, deixou várias acusações à ex-companheira, como o alegado abuso de álcool e drogas. Em declarações à TV Guia, Susana Silva desmentiu estas alegações e fez duras críticas e acusações a Cerdeira.
Mas, afinal, como se chegou até aqui, a esta troca de acusações mútuas e disputas na Justiça? Segundo as declarações da comissária de bordo, as alegadas agressões terão começado em 2015.
O romance iniciou-se dois anos antes, numa relação normal entre enamorados com António Pedro Cerdeira e Susana Silva "muito apaixonados", a viverem um conto de fadas. "Havia muitos ciúmes, mas a relação começou normal, super apaixonados. Ele parecia um príncipe e eu a princesa", recorda Susana à TV Guia. Mas, em 2015, as coisas precipitaram-se numa alegada espiral de violência sem retorno.
"A primeira vez foi uma chapada na cozinha. Estava com um amigo meu que também é testemunha no processo. Tínhamos vindo de um restaurante da Guia, fomos lá para casa, ele consumiu algumas coisas, como fazia em muitas festas. Eu fui-me apercebendo e estava em alerta. Ele ficava muito nervoso e tinha que beber mais álcool para compensar. Eu estava a falar com o meu amigo Manel e ele deu-me uma chapada assim que entrou na cozinha”, descreve Susana à publicação.
A partir desse momento, e segundo a profissional de aviação, a situação escalou e agravou-se. “O António Pedro é possessivo ciumento, ponto. E tem duas personalidades. Quando vira só se vê raiva, é um horror. Quando estava com ele, três anos antes de me separar, e já levava bastante, disse-lhe para fazermos terapia de casal. Sabe o que me respondia? ‘Tu queres é protagonismo’”, relata.
“Às vezes estava a levar pancada e a chorar num canto que nem um animal… juro, parecia que estava numa jaula, só não tinha ferros, mas para mim era como se fosse uma jaula, onde lhe pedia: ‘Pára, pára, pára’ e ele ia pelo corredor a gritar e a exigir o meu telefone e voltava aos gritos. Eu não sei como vivi, nem como ia trabalhar”, descreve ainda Susana Silva.