
Rosa Grilo continua a tentar comunicar com o alegado amante através de cartas, avança o 'Correio da Manhã' esta terça-feira, 5, informando que o estabelecimento prisional anexo à Polícia Judiciária interceptou mais uma correspondência da viúva do triatleta Luís Grilo.
O Ministério Público (MP) viu uma carta destinada a António Joaquim sem remetente e suspeitou que tivesse sido escrita por Rosa, pedindo assim que fosse intercetada de forma a verificar "se existe alguma prova ou o eventual acréscimo de alguma linha de investigação que importe encetar e que possa contribuir para o cabal e pormenorizado esclarecimento da verdade dos fatos".
A magistrada responsável pela investigação afirma que Rosa poderá tentar consolidar a tese de que o marido foi morto por três pessoas "de identidade não completamente apurada".
O conteúdo desta carta e de outras já intercetadas pela Justiça não foi divulgado.
Rosa está presa de forma preventiva na cadeia de Tires por suspeita de homicídio qualificado, profanação de cadáver e posse de arma ilegal. A acusação terá de ser formalizada até ao dia 26 de fevereiro. A polícia suspeita que Rosa tenha tido um cúmplice para cometer os crimes, o alegado amante, António Joaquim, preso preventivamente pelas mesmas suspeitas.
Rosa, no entanto, afirma ser inocente e culpa inimigos do marido.
Luís Grilo foi espancado e assassinado com um tiro na cabeça na madrugada de 16 de julho, ou na noite anterior, dentro de casa, em Vila Franca de Xira, arredores de Lisboa. O triatleta tinha 55 anos de idade.