O dentista João Espírito Santo, conhecido pelas participações em programas de televisão, reagiu às acusações de tortura e agressões contra pacientes considerando tudo "falsidades".
Numa entrevista ao jornal 'Tal & Qual', o dentista dos famosos negou cada uma das acusações dos seus pacientes, repetindo quatro vezes que as alegações eram "disparates".
"Quem me conhece sabe que coloco os meus pacientes acima de tudo, que lhes dedico os meus dias, e não posso deixar que acusações falsas e maliciosas prejudiquem o meu bom nome e daqueles que comigo colaboram", afirmou João Espírito Santo.
Questionado sobre as razões de várias pessoas terem feito queixas sobre supostos maus-tratos, o dentista argumentou que se "trata claramente de uma tentativa de aproveitamento do mediatismo gerado por parte de quem pretende retirar benefícios financeiros. Essas supostas vítimas são pessoas que, ou ocultaram o seu historial clínico, ou desrespeitaram o plano de tratamento e as indicações pós-cirúrgicas", disse. "Mais: há ainda testemunhos de pessoas que nem sequer foram tratadas por mim".
"Em mais de 20 anos de carreira, jamais, e em momento algum, maltratei um paciente, jamais tive um comportamento violento para um paciente. E, já agora, para que não restem dúvidas, todos os atos clínicos são feitos na presença de pelo menos um assistente", explicou.
A polémica contra João Espírito Santo começou depois de a empresária Paula Nabais ter denunciado um alegado "espetáculo do horror" na cadeira daquele dentista. "Nunca pela minha cabeça passou que aquele senhor me ia arrancar a sangue-frio, porque eu não recebi anestesias locais, ele picou-me o céu da boca, os lábios. Durante cinco dias, não podia tocar com os meus dedos" na boca, contou Paula numa entrevista no 'Manhã CM', acrescentando que o médico apertou-lhe o pescoço contra a barriga dele. "Lembro-me que era sangue por todos os lados, comecei a ficar com o coração acelerado [...] A dado momento, eu disse que não aguentava mais", relatou, acrescentando que perdeu os sentidos.
Paula Nabais acabou por entrar num acordo com o dentista para não levar o caso a tribunal, mas surgiram outras denúncias. De acordo com a 'Sábado', há 17 queixas na Ordem dos Médicos Dentistas. Uma das pessoas que acusam João Espírito Santo contou que ficou sem 22 dentes, supostamente arrancados a sangue-frio. "Eu via-o na TVI e isso deu-me confiança, porque sempre tive pânico de dentistas. Ele descansou-me e disse-me que, para ficar esteticamente bem, teria que me colocar um ou dois implantes. Eu confiei, mas impus como condição: a cirurgia teria de ser com anestesia geral, porque tinha ataques de pânico. Lembro-me de que quando ali entrei tinha os dentes todos", disse Filomena Alves.
