
Duarte Siopa foi o convidado desta quarta-feira, dia 22 de março, do talk show de Júlia Pinheiro na SIC. O apresentador da CMTV abriu o livro acerca da sua infância "conturbada" e expressou as dificuldades que tinha na relação com a mãe e com o já falecido pai.
"Tive uns pais maravilhosos, mas sabes que a minha infância foi muito conturbada. Sempre namoraram, sempre de mão dada, os fins de semana sempre fora. A minha mãe casa aos 19 e aos 20, eu nasci", afirmou o comunicador à colega de profissão.
"A minha mãe gostava muito de mim e continua a gostar muito de mim. O que eu te costumo dizer quando te vejo é que te amo e à minha mãe nunca disse isso. Tinha a ver com a ausência, ela era muito nova. Senti-me sempre a mais. Eu sinto uma grande libertação quando venho e tenho a minha casa em Lisboa aos 18 anos e vivia sozinho, com uma empregada", prosseguiu.
O distanciamento na relação com o pai foi, aliás, o que acabaria por moldar o seu caráter enquanto adulto: "Havia falta de afeto. Eu perdoei ao meu pai. Hoje compreendo muita coisa e acho que tem a ver com a educação que ele teve. Nunca me lembro de o meu pai me tapar ou dar um beijo. (…) E eu sou um pouco carente, gosto de abraçar e beijar, e tem tudo a ver com este meu passado", referiu Duarte Siopa, que divide com Ágata Rodrigues a condução do ‘Manhã CM’.
"O meu pai era muito rígido. Eu costumo dizer que é tão importante termos respeito pelos nossos pais, mas eu tinha medo", frisou Duarte Siopa, acrescentando: "Eu lembro-me de ser miúdo e dizer aos meus primos: ‘Adorava que o meu pai estivesse numa cadeira de rodas’. No fundo era a forma de o aniquilar".
Cenário que acabaria por se materializar quando o progenitor sofreu um AVC: "E ele acabou por ficar numa cadeira de rodas, foi uma fase terrível da nossa família. Vê o que era o terror dessa pessoa. Ele adorava-me, mas à distância. Era uma pessoa muito fria", concluiu.