
Palavras recentes de José Eduardo Moniz não deixam dúvidas: ele quer ganhar a guerra das audiências e já não vai permitir que Cristina Ferreira e a sua euipa sejam os únicos a pensar a estratégia da estação: "A vontade que temos é voltar a assumir a liderança em vários domínios da nossa atividade: a ficção, o jornalismo, o entretenimento. Estamos vocacionados para isso e é isso que queremos ser".
Disse ainda: "Vamos surpreender muito nos próximos meses. Setembro é só o começo. A partir daí há muitas etapas a galgar. Eu costumo dizer que este é o início da minha caminhada aqui, é o início da nossa caminhada". E, para que não restem dúvidas, sublinhou que existe "muito trabalho" pela frente: "Esperem-nos nos próximos meses… seis, sete, oito meses e aí vão ver o que a TVI realmente vale", avisou o diretor-geral.
Entretanto, percebeu-se que o regresso de Cristina Ferreira ao trabalho depois das longas férias de verão, percebe-se que nem tudo está a correr tão bem como era habitual. Os desabafos da própria apresentadora vão nesse sentido e essas dificuldadas poderão estar na relação "tensa" com José Eduardo Moniz, hierarquicamente seu superior.
"Neste momento vive-se uma espécie de paz podre na estação. Mas sente-se claramente uma divisão nas pessoas. Se, por um lado, há um grupo de profissionais que foram levados pela Cristina e a defendem de tudo e todos, por outro, há uma ala mais ligada ao Zé Eduardo e ansiosa que ele meta a mão no canal que, por vezes, parece andar à deriva", diz uma fonte à revista 'TV Mais'.
Há mais: "Diz-se sempre que são conversas de corredor, mas onde há fumo há fogo. E se a Cristina já cometeu muitos erros, o Zé Eduardo também teve opções menos felizes, como 'Hora de Verão' ou o regresso de 'Fiel ou Infiel'", explica outra fonte ligada à TVI, acrescentando: "Ainda recentemente se andava a dizer que o Mário Ferreira [patrão da TVI] já estava um pouco dececionado com algumas escolhas do Zé Eduardo, nomeadamente sobre o regresso de 'Uma Canção para Ti', cujas audiências têm ficado aquém das expectativas. Mas a verdade é que também a Cristina quis o regresso do programa".
"Já se previa que a convivência entre a Cristina e o Zé Eduardo não fosse pacífica. O Zé Eduardo é diretor-geral e gosta de ter o controlo de tudo. A Cristina, por seu lado, e enquanto diretora de Entretenimento e Ficção, tem as suas ideias, umas mais bem-sucedidas do que outras", acrescenta ainda uma outra fonte à mesma publicação.