
"Amor com amor se paga". A frase serve que nem uma luva à relação entre o ex-presidente do FC Porto, Jorge Nuno Pinto da Costa, de 86 anos de idade, e o antigo líder dos Super Dragões, Fernando Madureira, de 49 anos, o mediático Macaco, detido no âmbito da 'Operação Pretoriano'. Recentemente, Madureira indicou Pinto da Costa como testemunha no processo, como foi avançado pela CMTV.
Em final de agosto, o antigo presidente dos Dragões já tinha saído em defesa de Macaco, considerando que o antigo líder da claque dos azuis e brancos estava "preso injustamente".
"Na Assembleia-Geral, não se vê em momento algum, e era toda a gente a filmar, ele a agredir ninguém. Houve uma Assembleia-Geral antes, sobre as contas do F. C. Porto, em que, no fim, quem foi levar o Villas-Boas ao carro foi o Fernando Madureira", recordou então. "Considero-o um amigo. Se fosse um traficante de droga, não. Ficaria surpreendido com isso. Já o fui ver à prisão. Falámos do Porto. Achei-o com revolta, mas com força. Ele estava mais preocupado comigo do que com ele", referiu ainda o antigo líder do clube portista.
Por tudo isto, não é com surpresa, que no livro 'Azul até ao Fim', que será lançado em breve, Pinto da Costa revela que Fernando Madureira, a mulher Sandra e a filha Catarina fazem parte da lista das pessoas que o antigo presidente gostaria de ter no seu próprio funeral. Jorge Nuno Pinto da Costa escrever que gostaria de ter ao seu lado, na derradeira despedida, "António Henrique, que é o padrinho da (filha) Joana, o Pedro Pinho, o Quintanilha, o Fernando Póvoas, o Luís Gonçalves, o António Oliveira, o Hugo Santos, a Sandra Madureira, o Fernando Madureira, o Caetano, o Marcos Polónia".
Pelo contrário, André Villas-Boas faz parte dos nomes que o ex-presidente quer longe das cerimónias fúnebres. "Não quero mal a ninguém. Mas porque tanto prejudicaram a paz dos meus últimos dias não gostaria que lá estivesse alguém da atual direção do clube. Nenhum dos ex-jogadores que sempre estiveram comigo e me traíram (por exemplo, Helton, Maniche, Eduardo Luís, André, Sousa). Poderia acrescentar mais nomes, como Antero Henrique, Raúl Costa, Joaquim Oliveira, Tiago Gouveia, Pedro Bragança, mas não é preciso, porque estou certo que não terão 'lata' para lá ir", escreveu Pinto da Costa.
Na capa do livro biográfico, Pinto da Costa surge apoiado num caixão com a bandeira do FC Porto por cima. Em declarações à TVI, o antigo dirigente explicou qual o significado dessa escolha: "Quem olhar para isto vê que eu que estou cá fora, lá dentro não está ninguém. Embora, se eu estivesse ali dentro, o que isto quer dizer é que serei do FC Porto até ao fim, até ao meu último dia."
Pinto da Costa pretende que o seu funeral não seja "um evento de hipocrisia", mas antes "uma reunião de amigos".