
"Deve ser pela cor da minha pele que me pergunta se condeno ou não condeno", lançou António Costa, exaltado com a pergunta feita pela líder do CDS sobre se o primeiro-ministro condena ou não incidentes como os que têm sido relatados nos últimos dias e que dão conta de ataques a esquadras de polícia e fogo posto a caixotes do lixo e a um autocarro, alegadamente em protesto contra a violência policial no Bairro da Jamaica.
A resposta de António Costa gerou uma pateada geral no plenário, com o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues a pedir que esse tipo de discussão não entrasse no debate parlamentar.
"Temos todos de ter calma", disse Ferro, que fez o apelo não só aos deputados, mas também diretamente ao primeiro-ministro.
"Eu nem vou responder ao comentário final porque fiquei com vergonha alheia", limitou-se a dizer Assunção Cristas quando voltou a ter a palavra.
A líder do CDS tinha mostrado uma série de notícias de jornal sobre os incidentes dos últimos dias, pedindo a António Costa que fosse claro na condenação a estes atos.
Pouco depois de o actual primeiro-ministro ter nascido, a 17 de Julho de 1961, a sua mãe e o seu padrinho de baptismo, o arquitecto Victor Palla, convocaram os respectivos cônjuges para uma reunião.