
Foram namorados durante dois anos mas a relação acabou da pior forma: com agressões e ameaças e queixa crime por violência doméstica. A história envolve dois jornalistas da TVI, Emanuel Monteiro e André Carvalho Ramos, que continuam a trabalhar juntos e que arrolaram vários colegas da redação como testemunhas... o que está a deixar alegadamente o ambiente em polvorosa.
A denúncia pública das violentas agressões foi feita por Emanuel Monteiro nas redes sociais, admitindo que temeu pela vida por causa da agressividade do então namorado: "Fui vítima de violência doméstica durante mais de um ano, de forma consecutiva e, a cada episódio, mais grave. Começou com um estalo e acabou com um espancamento, dentro da minha própria casa. Foi no dia do meu aniversário. Estava sem telemóvel, trancado, impedido de fugir ou de pedir ajuda. Estive à espera, durante todos os minutos daquelas três horas, que o agressor abrisse a gaveta da cozinha e de lá tirasse uma faca para acabar com o pouco que ainda restava de mim. Fiquei gelado de medo, morto de espírito enquanto era agredido sem dó, nem piedade. Não consegui, sequer, defender-me. Foi o pior que me aconteceu na vida, mas, felizmente, ao contrário do Miguel, fiquei cá para contar a história. Hoje, o agressor está muitas vezes, muitas horas, a 3 metros de mim. E tem tanto em comum com o desta história horrível. Às vezes, ainda tenho medo, muito medo", revelou o jornalista.
O semanário SOl dá conta que a queixa crime e o respectivo processo criou tensões na TVI já que ambos arrolaram vários colegas como testemunhas.
O jornal dá conta que o Ministério Público considera que "o arguido incorreu na prática em autoria material de um crime de violência doméstica" e por isso "requer que seja arbitrada uma quantia a título de reparação pelos prejuízos sofridos ao ofendido", garantindo que André Ramos está sujeito ao termo de identidade e residência "por não se afigurar necessária a aplicação de medida de coação mais gravosa", conforme se lê na acusação.
Para o processo foram chamadas 20 testemunhas, a maioria jornalista da TVI, mas há também RTP e Correio da Manhã, onde André Ramos também trabalhou.