
Joana Ramirez, que ficou conhecida como a "advogada do jet set", protagonizou mais um acontecimento bizarro em tribunal, durante uma sessão onde seria julgada por abuso de confiança, falsificação de documentos e burla qualificada, crimes que lhe terão rendido uma quantia de quase um milhão de euros.
No tribunal S. João Novo, no Porto, a ex-comentadora do Porto Canal começou por pedir o adiamento do julgamento pela 21.º vez desde 2018, alegando desejar ser representada por um advogado diferente daquele que lhe fora nomeado pela Ordem, Carlos Quaresma. Todavia, o protelamento seria potenciado pela impossibilidade de comparência do representante legal da sua preferência, já que este se encontrava em Benavente, segundo relata o ‘Jornal de Notícias’.
O requerimento foi rejeitado pela juíza-presidente, Mariana Roque Caetano, mas o adiamento haveria de se dar por outra via, quando um representante de um dos filhos de um dos membros da família Brochado Coutinho, alegados lesados de Joana Ramirez, se esqueceu de levar documentos essenciais para poder intervir.
Perante o anúncio de que a audiência ficaria para outra data, Joana Ramirez protestou aos gritos: "Como é que este tribunal aceita estas manobras?" Quando a juíza-presidente assinalou que foi a própria acusada quem começou por pedir o adiamento, esta voltou a intervir: "Não aceito faltas de respeito. Primeiro eu, só a seguir é que estão os outros", tendo acusado os juízes do tribunal de "má-fé processual". O caso irá ser julgado agora no dia 14 de novembro, com o início do processo principal agendado para dezembro, ainda de acordo com o ‘JN’.
Joana Ramirez foi casada com o filho do dono da famosa empresa de conservas Ramirez, tendo dele "pedido emprestado" o apelido, não obstante nunca ter sido aceite na família pelo patriarca. Apesar de ter vivido na Foz, pediu ajuda ao Estado, em 2019, para ter apoio judiciário, argumentando que vivia em situação de carência, no caso em que pedia 2,5 milhões de euros, relativos a uma quota de 6,5% da empresa Ramirez, após o final do casamento, por ter sido acordada a comunhão de bens.