
Pinto da Costa e Fernando Madureira, antigo líder da claque 'Super Dragões', mais conhecido por Macaco, nunca esconderam a amizade e o respeito que sentiam um pelo outro.
E, se alguns pensariam que o ex-presidente do FC Porto se poderia querer demarcar de Macaco enquanto o processo 'Pretoriano' decorria, Pinto da Costa fez precisamente o oposto. A mensagem foi pública e para todo o mundo ouvir, não deixando margem para dúvidas sobre o seu apoio ao ex-líder da claque portista.
"Quero deixar um abraço ao Fernando Madureira e à sua mulher, porque os amigos são para as ocasiões. Não tenho de me imiscuir no problema judicial porque não me compete nem tenho nada a ver com a vida das pessoas, agora, como amigo, mando-lhes um grande abraço de solidariedade. Eles foram fundamentais no apoio que os Super Dragões deram às nossas equipas nos vários momentos. E não é por estar a passar um momento mais difícil que deixo de ser amigo", afirmou na altura.
Atualmente preso, Macaco fez saber, através das redes sociais da mulher, Sandra Madureira, que a morte de Pinto da Costa este sábado, o deixa com uma dor "imensurável".
"As memórias, os valores, a gratidão e a lealdade que lhe dediquei vão para além das grades que me privam dum último abraço", afirmou ainda.
Também a mulher, Sandra, dedicou palavras comoventes a Pinto da Costa, recordando a cumplicidade, os conselhos e as histórias que viveram durante os últimos 20 anos.
É também sobejamente conhecida a vontade de Pinto da Costa de ter o casal Madureira no seu funeral, apesar da prisão de Macaco.
Durante uma entrevista à TVI de promoção do seu livro 'Azul até ao fim', Pinto da Costa enumerou as pessoas que gostava que marcassem presença na sua despedida final.
"Gostava de ter ao meu lado o António Henriques, o padrinho da Joana [e ex-presidente do Marítimo], Pedro Pinho, Adriano Quintanilha, Fernando Póvoas, Luís Gonçalves, António Oliveira, Hugo Santos, Sandra e Fernando Madureira, Caetano e o Marcos Polónia", revelou.
Contudo, as possibilidades de Fernando Madureira poder estar presente no funeral são reduzidas. O regulamento interno dos Serviços Prisionais diz que a autorização só é ponderada, e normalmente concedida, em caso de familiares diretos.
Ainda assim, o 'Correio da Manhã' apurou que o pedido será analisado pelo próprio diretor-geral dos Serviços Prisionais, Orlando Carvalho.