
Ricardo Araújo Pereira é rei em fazer rir os portugueses. O humorista regressou à SIC para mais uma temporada de 'Isto é gozar com quem trabalha', e voltou a liderar nas audiências.
Mas este regresso é também sinal de que as filhas de RAP voltam a deixar Portugal e regressam à escola fora de portas. E isso é motivo de sofrimento e dor para Ricardo e a mulher, Maria José Areias.
O humorista já tinha falado disso, mas mostrou novamente incómodo após ter sido questionado pelos jornalistas esta semana. "Não me façam falar nisso, que estamos precisamente na altura em que elas vão embora", lamentou, depois dos jornalistas terem perguntado por Maria Rita e Inês, que estudam nos Estados Unidos e Reino Unido.
A filha mais velha de Ricardo e Maria José Areias, Rita, de 19 anos, mudou-se para o Reino Unido no ano passado. Este ano, foi a vez de a mais nova, Maria Inês, de 18 anos, sair do país, para ir estudar nos Estados Unidos.
"Sempre esteve em cima da mesa que estudar lá para fora era uma possibilidade. Fico muito satisfeito de lhes poder proporcionar essa possibilidade, porque acho que elas gostam", começou a contar no podcast 'Geração 70', com Bernardo Ferrão. As duas estudaram num colégio de elite no concelho de Cascais, onde a maioria das aulas era dada em inglês, e por isso ficaram bilíngues.
A distância, no entanto, "é terrível, não presta para nada, é muito chato", descreveu. "Por exemplo, a mais nova fez agora 18 anos e está numa universidade no meio dos Estados Unidos, está em outro continente, e ela está a gostar tanto que eu até levo a mal, porque ela está lá há muito tempo", confessou. "A outra está em Inglaterra e por isso tem mais facilidade em vir", avançou.
"Eu agora tenho um podcast, muito interessante, chamado 'Coisa que não edifica nem destrói'. E elas no outro dia disseram: 'Gosto de ouvir isto, ponho à noite, já está a luz toda apagada e eu oiço porque me faz lembrar os tempos em que tu vinhas a cama ler-nos a história antes de a gente se deitar. Confesso que fiquei todo 'mariconçamente' com lágrimas", descreveu na altura emocionado.
Questionado sobre os momentos em que lia as histórias para as filhas, Ricardo recordou: "Onde é que eu posso intervir lá em casa? Nas coisas de responsabilidade não é, tem que ser um adulto a fazer isso. Agora, em coisas como ler a história aí sou fortíssimo, eu ia lá, fazia as vozes do lobo, dos porquinhos, inventava finais alternativos. No dia seguinte elas diziam: 'Não, conta outra vez a de ontem, exatamente como contaste ontem'. Eu faço essas coisas. As coisas que lhes garantem a subsistência, isso é feito por um adulto, não sou eu, eu trato dessas coisas. Trato da palhaçada. Tenho mesmo saudades", confessou.