
Durante uma visita recente à ilha da Madeira, o médico neuropediatra, Nuno Lobo Antunes, 64 anos de idade, e a mulher, Felipa Garnel, 54, apanharam um valente susto quando um carro que seguia à sua frente se despistou e capotou. O casal correu para auxiliar o condutor sinistrado que estava preso no interior do veículo.
Foi a própria Felipa Garnel que descreveu o acidente através das redes sociais. A descrição foi um grito de revolta pela falta de auxílio das autoridades que demoraram demasido tempo a chegarem ao local do sinistro.
"Estou na Madeira e hoje fui com o Nuno [Lobo Antunes] dar uma volta de carro pela ilha. Ao km 2.3 da VR1 (uma via rápida), à saída de um túnel, o carro à nossa frente capotou. Um susto, parámos imediatamente e corremos para o automóvel de pernas para o ar. O condutor estava a tentar sair, aparentemente, ileso. Quando lhe perguntei se estava bem, pediu-me para chamar uma ambulância porque lhe doía o peito e a cabeça", relata Felipa Garnel.
"Liguei para o 112, atendeu uma senhora a quem expliquei o que se passava. Ouviu-me com toda a tranquilidade e disse-me que ia passar a chamada para alguém a quem eu deveria voltar a explicar tudo e pedir a ambulância. Esperei, esperei, esperei e nada! Nem a senhora voltou à linha, nem o outro alguém atendeu", insurge-se.
O tempo passou e a ajuda acabou por não chegar. O casal sentiu-se indignado com a situação e interroga-se o que teria acontecido se a gravidade do acidente fosse ainda maior: "Imaginem que o homem não conseguia sair do carro, ou que tinha saído e desmaiado... Que emergência é esta? Onde está a prontidão do 112 num caso destes? Quando deixámos o senhor, atordoado mas melhor, nem sinal de 112... Valeu-lhe a ajuda de alguns automobilistas, como nós."