
Luísa Villar, de 63 anos de idade, demorou três dias a aceitar ir para o "programa maluco" do "homem que grita com toda a gente", leia-se 'Hell's Kitchen (SIC) e Ljubomir Stanisic, e ainda hoje tem pesadelos noturnos por causa dos erros que cometeu, inclusive por ter falhado uma omelete. A empresária não se arrepende de ter chamado "grande porco" ao chef jugoslavo e conta que o filho Salvador Sobral lhe deu na cabeça por causa disso. Gravou em sofrimento físico e assume que não chorou à frente do filho quando ele podia ter morrido. Eis uma parte da sua entrevista, à 'TV Guia' desta semana, nas bancas de Portugal.
Esta sua participação no 'Hell’s Kitchen' é a sua emancipação em relação a ser só a mãe da Luísa e do Salvador Sobral? Agora, já é a Luísa Villar, concorrente de um programa.
Sabe que tenho uma carreira muito comprida em publicidade e em muitas outras coisas, e não me importo nada com o ser conhecida como a mãe da Luísa e do Salvador. A única coisa que me irrita é quando me convidam para entrevistas para falar dos meus filhos. Até costumo brincar e dizer que não sou a dona Dolores (risos), que não tem nada para dizer e só fala do Cristiano Ronaldo.
Com muita pena sua não ser a dona Dolores.
Não, e coitadinha da senhora, gosto imenso dela. Mas não vou falar dos meus filhos, entrevistem-nos a eles.
Como é esse fenómeno de uma mãe a quem pedem para não cantar os parabéns e os filhos são artistas internacionais?
Eles dizem que eu não desafino. Dizem-me só: ‘Não é nesse o tom’. E eu pergunto se é no tom zangado. Às vezes, tenho sorte e canto no tom certo. Não desafino, só não estou é no tom.
Canta muito, no carro, aqui a lavar a loiça? O que ouve e gosta de cantar?
Eu já sou velhinha, ouço Sting, Pink Floyd, Supertramp. São as músicas que posso ouvir aqui sem os meus filhos criticarem.
Criticam os seus gostos musicais?
Às vezes, sim. E adoro as músicas novas que passam na rádio. Eles acham que são muito comerciais.
Parou de trabalhar aos 55 anos, quando o Salvador piorou?
Parei, quando ele veio de Barcelona e estava pior. Só foi transplantado a 8 de dezembro de 2017.
Ao saber que ele tinha uma doença grave e podia morrer, ficou tudo em suspenso?
O que acha? Fica a vida em suspenso e por isso é que não vale a pena trabalhar, falar com clientes. A vida do marketing é complicada, stressante, os clientes exigem muito de ti, tens de estar bem. Não é preciso ser uma doença mortal. Com qualquer doença de um familiar, pões tudo em causa.
Chorou à frente do Salvador?
Acho que não. As mães são árvores. Ele precisava de tudo menos de pessoas a chorar à sua volta.
Relembrou também que ainda não está tudo resolvido.
Sabe que uma pessoa, quando é transplantada, fica com as imunidades em baixo. Há medicamentos que tens
de tomar todos os dias...