Cristiana Gaspar deu a sua primeira entrevista sobre a filha, Carolina Torres – ou Noori, a sua alcunha – que está desaparecida desde dia 9 de outubro.
Contudo, entre as centenas de comentários de apoio à enfermeira em reação à entrevista de Júlia Pinheiro, nas redes sociais, houve também quem a acusasse de 'frieza' e de ela e o ex-marido não terem sabido lidar adequadamente com a filha quando ela precisava.
Agora, Cristiana deixou um desabafo nas redes sociais sobre as críticas que leu.
"Existem comentários cruéis. Confundem contenção com frieza, e força com desrespeito – quando, na verdade, só quem é mãe sabe o que é continuar de pé com o coração em ruínas", começou por escrever.
"As pessoas julgam o que não compreendem: querem ver sofrimento da forma que imaginam, esquecendo-se de que há quem chore em silêncio, quem só consiga agir, quem só não desabe porque precisa de continuar a procurar. A verdade é que ninguém imagina o que é viver esta dor. Choro todos os dias, no meu silêncio e na minha privacidade... Ser forte não é ser fria – é simplesmente tentar resistir quando tudo à volta desaba", acrescentou.
Na entrevista, Cristiana Gaspar admitiu que Noori teve dificuldades em lidar com a separação dos pais e que, aos 12 anos, "deu o primeiro sinal de rebeldia", embora nunca explicando o que aconteceu nesse "episódio pontual". Assumiu no entanto que foi a "falta de diálogo" entre ela e o ex que terá provocado parte dos problemas, que começaram quando Noori vivia em regime de guarda partilhada.
Cristiana revelou ainda dois episódios de confrontos físicos com a filha, que sofre de transtorno borderline e vivia na rua.
Recorde-se que a última vez que Noori foi vista foi na zona da Praça São João Batista, em Almada, quando se preparava para se encontrar com um amigo – encontro que nunca chegou a acontecer. Desde então, o telemóvel da jovem, que trabalhava num café, deixou de dar sinal e não há qualquer rasto do seu paradeiro.