A mãe de Manuel Luís Goucha morreu na noite de 9 de agosto, ao lado do filho Carlos, em Coimbra. Após as cerimónias fúnebres a família quis reunir-se num almoço de homenagem a Maria de Lourdes. O momento ficou marcado pela leitura de uma carta que Maria de Lourdes, de 101 anos, confiou ao neto e que só foi revelada após a sua morte. O conteúdo da carta – escrita há mais de 20 anos – esteve em segredo de família, mas a leitura das últimas palavras de Maria de Lourdes foi um momento de emoção.
Só um neto – filho do irmão de Manuel Luís – sabia da carta misteriosa deixada por Maria de Lourdes. "Quando este neto saía da escola ia para casa dela e passava toda a tarde com ela. Mesmo no tempo da faculdade o neto ia dormir a casa da avó", justificou o apresentador. A verdade é que, na véspera de escrever a carta, Maria de Lourdes ter-se-á sentido mal e decidido escrever a carta. Filipe, o neto, que sabia da sua existência, esqueceu-se. E só depois do funeral a partilhou com o pai e o tio Manuel Luís. A carta de amor. "O amor que nunca havia verbalizado", conclui o filho.
Manuel Luís Goucha acabou por revelar parte do texto numa mensagem emotiva e longa que deixou nas redes sociais de homenagem à mãe, em que Maria de Lourdes anunciava os seus últimos desejos: ser cremada, que as suas cinzas sejam deitadas ao mar – porque "sou da terra dos pescadores", escreveu. "Peço-vos que não sofram com a minha partida", pediu, numa declaração de amor de carinho extremo. "Sejam amigos e de vez em quando mandem-me um beijo que eu recebo onde estiver e também vos mandarei muitos".
Agora, Manuel Luís partilha a descoberta de um novo testemunho da mãe: a agenda escondida. "Descobri a agenda escondida que tem coisas muito interessantes. Tem promessas que ela fazia a Deus. Ela não era nada dessas coisas, mas fazia promessas a Deus para coisas que se iam resolvendo na sua vida, em que ela prometia estar sempre um mês sem comer doces. A promessa era doces porque ela era gulosa", revelou à revista 'Maria'.
