"É com profunda tristeza e enorme consternação que o Clube de Futebol Oliveira do Douro recebeu a notícia do falecimento do nosso querido Didi, jovem atleta que ficará para sempre na memória e no coração de todos nós" começa assim a nota de pesar do Clube de Futebol de Oliveira do Douro que dá conta do falecimento de Diogo, de apenas sete anos. E acrescentam: "Neste momento de dor imensurável, o Clube expressa as mais sentidas condolências aos seus pais, Vítor e Andreia, familiares, amigos e colegas, manifestando toda a solidariedade, carinho e apoio da grande família oliveirense."
A morte de Didi também mereceu uma partilha feita por Pedro Chagas Freitas nas redes sociais: "Escrevi e apaguei este texto mil vezes. Queria que esta homenagem fosse a mais bonita de sempre, porque o Diogo foi uma das crianças mais corajosas de sempre. Somos minúsculos ao pé de pessoas assim. O Diogo, o Didi, só queria estar com o ídolo", revela o escritor.
O seu ídolo era, nada mais nada menos, do que Cristiano Ronaldo. E Didi conseguiu estar com o craque. Olhar-lhe nos olhos e dar-lhe um abraço. Um abraço bem forte com os seus bracinhos de menino. "Há uns meses, escrevi sobre isso, a Make a Wish fez acontecer. Ronaldo foi a pessoa gigante que é. Este momento ficou eternizado", realça Pedro Chagas Freitas.
"O Didi deixou a vida no dia do seu aniversário. Fez sete anos e despediu-se. Foi o exemplo de uma coragem que só quem vive o que ele viveu sabe o que significa; mostrou, todos os dias, que os nossos problemas, que insistimos em ver nas nossas vidas, são quase sempre umas pequenas migalhas perante o que realmente nos bloqueia o caminho", sublinha o escritor.
E termina Chagas Freitas: "O dele [o caminho] terminou estupidamente cedo. Não há nada de belo na morte de uma criança. É um absurdo, uma anulação da lógica, uma injustiça insuportável, inexplicável, miserável. A doença é uma cabra, uma besta, uma m****. O que ele conseguiu fazer com ela, apesar dela, foi um milagre. Que todos, nas nossas rotinas, estejamos à altura de celebrar os nossos milagres diários. Somos todos tão cobardes ao pé de ti, Didi. Continua, onde quer que estejas, a marcar os golos que te faziam saltar. É isso o que uma criança tem de fazer: saltar, brincar. Boas brincadeiras por aí, querido menino."