
Foi a 13 de maio de 1995 que D. Isabel de Herédia e D. Duarte Pio de Bragança uniram os seus destinos no Mosteiro dos Jerónimos, em Lisboa, diante muitos e ilustres convidados. Uma cerimónia que mereceu a atenção de muitos portugueses que assistiram à transmissão televisiva do casamento real.
Esta terça-feira, os duques de Bragança celebram 30 anos de uma união feliz. A Basílica da Estrela, em Lisboa, vai acolher no final da tarde a cerimónia de agradecimento de D. Isabel e D. Duarte por estas três décadas de casamento do qual nasceram três filhos: D. Afonso, D. Maria Francisca e D. Dinis. A cerimónia será transmitida em direto na TVI.
Mas vamos a este casamento que não se deixou beliscar pela diferença de idades: a duquesa é 21 anos mais nova que o representante da Casa Real portuguesa. "Nunca pensei que viria a ser duquesa. O meu marido sempre foi muito amigo lá de casa. Ficámos muito amigos. Já com 16 anos, estávamos a jantar e ele disse alguma coisa que não concordei. Eu disse: ‘senhor doutor, desculpe, mas isso é uma estupidez!’. A minha mãe ia-me matando porque eu ousei. Mas ele disse: ‘ainda bem que disse isso, geralmente as pessoas concordam comigo e depois dizem mal de mim pelas costas, ao menos é direta!’. E a partir daí ainda ficamos mais amigos", recordou em 2018 a discreta Isabel de Herédia a Júlia Pinheiro, na SIC.
Ainda nessa altura, a duquesa de Bragança abordou a questão da diferença de idades que a separa do marido garantindo que isso nunca interferiu no casamento deles: "Não é complicado, se é a pessoa que eu gosto posso até viver poucos anos com ela. Porque é que vou ficar não sei quantos anos com uma pessoa que não gosto?!". Nessa altura, a apresentadora da SIC quis saber: "Teve outros namorados?". Isabel de Herédia não hesitou: "Sim, tive".
Nessa entrevista - uma das raras em que a duquesa aceitou romper a sua habitual discrição - a mulher de D. Duarte Pio recordou ainda o dia do seu casamento: "Qualquer noiva está sempre anestesiada. Foi uma emoção muito grande, a única coisa de que me lembro foi que quando cheguei aos Jerónimos estava um mar de gente e impressionou-me a adesão. Fiquei tão agradecida que pensei ‘eles merecem ver-me primeiro que os outros’ e então tirei o véu para cumprimentar as pessoas. Depois houve pessoas que disseram que não devia ter feito por causa do protocolo, mas eu disse: ‘estou-me nas tintas, eles merecem’".