
O ADN retirado da metade inferior de um torso até aos joelhos que apareceu na praia da Calada, em Mafra, no passado dia 20 de novembro, não corresponde com o do desaparecido cantor Nuno Batista, de 40 anos, que ficou conhecido como Zé do Pipo.
O procurador do Ministério Público do tribunal de Peniche continua a investigar o misterioso desaparecimento do artista a 6 de novembro de 2018, querendo, em especial, analisar os dados de localização do telemóvel de Nuno Batista, desde que saiu de casa no dia 5 e até que o dispositivo foi encontrado trancado dentro do carro na praia do Portinho da Areia Sul, junto com a carteira e o casaco do cantor.
Enquanto as autoridades tentam descobrir se Zé do Pipo se suicidou, se foi morto, sequestrado ou raptado, a mulher do artista, Celeste Roberto, tenta viver uma vida normal com os dois filhos, David e Gabriel. A ex-bailarina tem-se debatido com inúmeras dificuldades económicas desde o desaparecimento do marido. Semanas depois de se perder o rasto a Nuno, Celeste vendeu uma viatura Opel Astra e o computador do cantor, tendo as autoridades policiais perdido por completo o rasto ao histórico do dispositivo informático, facto que prejudicou as investigações.
Com o negócio da 'Pipo Guesthouse' encerrado por causa do Covid-19, Celeste tenta sobreviver vendendo pequenos eletrodomésticos que tem em casa e do restauro de móveis antigos.