
Nuno Homem de Sá assume que há coisas no passado que preferia não ter feito nem vivido. O ator de 59 anos revela que consumiu álcool em excesso e que também usou cocaína e anfetaminas, principalmente durante o tempo em que esteve emigrado nos Estados Unidos, onde trabalhou num restaurante e estudava.
Homem de Sá, que se estreou nas novelas em 'Vila Faia' e que agora está dentro da casa do 'Big Brother', da TVI, conta que durante muitos anos vivia dependente do álcool. Todas as noites bebia mais do que a conta, mas o ator garante que sempre conseguiu cumprir com o lado profissional apesar da bebida.
"Bebia álcool todos os dias durante 30 anos, à noite. Não era um copo ou dois, era um bocadinho mais. Estava ali no limiar do aceitável, mas para mim não era aceitável porque acabei por tomar decisões completamente irrefletidas devido ao álcool", explica o ator em entrevista a 'Júlia' na SIC.
"Não faltava ao trabalho por causa do álcool, aguentava muito bem a minha parte profissional, mas só que pessoalmente... podia ter feito coisas mais interessantes em vez de beber copos e dizer uns disparates, que era o que eu gostava de fazer", acrescenta o ator, que garante ter conseguido ultrapassar o vício depois de ter tomado consciência de que estava viciado.
"Quando isto dura durante décadas, eu começo a ver que já tinha tomado demasiadas decisões que nunca devia ter tomado se não fosse assim, tive de chegar à conclusão que tinha de fazer uma escolha: isto ou aquilo", assume, perante Júlia Pinheiro, em direto na SIC.
"As drogas foram acompanhado aqui e ali, paralelamente, nunca continuadamente, nomeadamente cocaína e anfetaminas. As anfetaminas ajudaram imenso a estudar nos Estados Unidos, tinha um emprego à noite e tinha de estudar... Mas não recomendo a ninguém, obviamente. Ao terceiro dia sem dormir já via Jesus, e essas coisas, uma coisa terrível. Não recomendo, mas na altura fazia sentido", diz.
E acrescentou que teria mudado muita coisa se pudesse voltar atrás no tempo. "As pessoas dizem que não mudavam nada, mas eu mudava, teria tido mais cuidado com isso, porque perdi imensas horas de vida com coisas que não interessava e podia ter feito coisas mais interessantes", assume, acreditando que essa "vida" está relacionada com o "vazio" se sentia por causa da separação dos pais.