
Em comunicado, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) oficializou a saída do selecionador nacional, Fernando Santos, após oito anos no cargo. A derrota de Portugal frente a Marrocos nos quartos de final do Mundial do Qatar acabou por precipitar a decisão, uma vez que Fernando Santos tinha contrato até 2024.
A desilusão e a polémica que rodeou a participação nacional no Mundial 2022 continua a causar controvérsia. Nuno Luz, da SIC, foi um dos jornalistas que acompanhou a seleção no Qatar e não poupa críticas à Federação Portuguesa de Futebol pelo que aconteceu de menos bom na participação da seleção nacional, sem esquecer Cristiano Ronaldo.
"Primeiro: o Cristiano Ronaldo decidiu romper com o Manchester United, anunciar e pensar no seu futuro pensando apenas nele, decidiu em determinada data tendo consequências sempre com aquilo que ia acontecer no Campeonato do Mundo. Isso é inevitável e quando toma essa decisão a poucos dias de começar o Mundial sabe à partida que isso tem sempre consequências para a Federação", começou por referir o jornalista na análise que fez esta quinta-feira, 15, na SIC Notícias.
As maiores críticas de Nuno Luz à organização presidida por Fernando Gomes tem a ver como a FPF geriu a comunicação em toro da seleção. "Segundo ponto: a Federação [Portuguesa de Futebol] é culpada nesta situação! Erro crasso da seleção e da Federação que tem mil cuidados com os jornalistas, esconde informação aos jornalistas, que não divulga – vou dar exemplos – um pormenor como o treino, quem vai falar na conferência de imprensa, só diz a cinco minutos de começar uma conferência de imprensa. Isto é uma coisa impensável, mas isto é a realidade que acontece com a Federação Portuguesa de Futebol".
E Nuno Luz vai mais longe nas críticas: "No dia que começa o estágio põe um vídeo do Cristiano Ronaldo com o Bruno Fernandes e arranja uma polémica enorme. É a própria Federação que arranja esta polémica!".
"As coisas foram piorando [com os jornalistas]. A seleção chama o Cristiano Ronaldo para falar aos jornalistas não informando os jornalistas portugueses, não dizendo que vai falar o Cristiano Ronaldo, proibindo e evitando que determinados jornalistas façam perguntas na conferência de imprensa (isto é verdade o que estou a dizer) para controlar a informação. Quando uma Federação faz isto, é grave! E portanto tudo isto, que tem de ser dito e que as pessoas têm que saber, acontece e aconteceu neste Campeonato do Mundo", referiu ainda o jornalista da SIC.