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Entrevista

O desgosto de Catarina Avelar, quando foi trocada por uma "fulana" que ganhava mais: "Tens de compreender, ela é boazona e chama homens ao teatro. E tu não."

Consagrada atriz de 'Festa É Festa" põe o dedo na ferida quanto ao que se passa nos bastidores da televisão e teatro. Sem medo de nada, aos 84 anos.
Por João Bénard Garcia | 02 de abril de 2023 às 19:08
Catarina Avelar
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Numa grande entrevista à 'TV Guia' desta semana, onde nada ficou por dizer, Catarina Avelar, de 84 anos de idade, mostra a desilusão com alguns colegas, identificando-os até, e assume a revolta contra as redes sociais. Eis um excerto do que pensa a consagrada atriz de 'Festa É Festa', da TVI e líder de audiências em Portugal.

Foi aí que se agarrou ao trabalho e se salvou? A Catarina é a prova de que, com foco e trabalho, se consegue vencer na profissão...

Ah, pois. Não quero generalizar, mas, de há uns anos para cá, as pessoas querem muito e só aparecer na televisão.

É o fascínio?

É, e fica-se logo famoso. E agora, com as redes sociais, que não tenho, abomino, são os maiores. Alguns com qualidade, outros coitadinhos.

Esteve muitos anos no Teatro D. Maria II, em Lisboa. Quantos foram ao todo?

Foram 32!

Quando saiu, na primeira vez, foi um processo atribulado, quer-nos contar?

Houve o incêndio [de 1964]...

E houve muita gente magoada por ter sido dispensada.

Eu também fiquei triste.

Sentiu-se descartada.

Descartada por processos de que não quero falar...

Foi diretamente para si?

Foi diretamente para mim.

O que aconteceu?

Aconteceu uma situação, com alguém que bajulava a senhora dona Amélia Rey Colaço, e depois foi a maneira como ela me descartou. Escreveu-me uma carta, não teve a coragem de me chamar, que dizia: "Não quero que vejas nesta minha atitude uma falta de apreço pelo teu trabalho. É, precisamente por saber o teu valor, que, como neste momento não tenho trabalho para ti, não te quero prender." Bom, não é?!

Isso foi um murro no estômago.

Fiquei muito deitada abaixo nessa altura. Andei por aí. Estive um ano na companhia que foi para a Estufa Fria. A seguir, fui para o Vasco Morgado e depois fundou-se uma cooperativa no Teatro Maria Matos, a seguir ao 25 de Abril, com o Armando Cortez, a Fernanda Borsatti, eu, o António Anjos e o Carlos Daniel. Entretanto, entrou uma colega, que já morreu, coitada, que ganhava substancialmente mais do que todos nós. Perguntei ao Armando por que é que a fulana ganhava mais e ele respondeu: "Tens de compreender, ela é boazona e chama homens ao teatro. E tu não." Foi assim, na minha cara.

E saiu ou aturou a boazona bem paga?

Aturei. Ela continuou lá.

A boazona era conhecida?

Era a Hermínia Tojal. O Armando achava que ela era boazona. Enfim...

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