
O cancro no pulmão direito, que lhe foi diagnosticado no último verão, teima em não regredir, apesar dos múltiplos tratamentos a que o artista se tem sujeitado no serviço de oncologia do Hospital CUF Tejo, em Lisboa. Recorde-se que foi em entrevista exclusiva à TV Guia que o mais popular cantor romântico português, com uma carreira de 57 anos recheada de sucessos, revelou a doença cancerígena de que padecia.
"Ultimamente surgiu uma coisa, que não quero adiantar, mas que não me agradou, nem a mim nem aos médicos (…) É uma coisa muito localizada, que será alvo de um tratamento localizado. Não se pode fazer biópsia, mas estão lá, podem evoluir e a coisa pode ser pior", começou por dizer à nossa revista, revelando depois todo o drama por que estava a passar: "A minha médica dá-me esperança... É um problema pulmonar, no pulmão direito. Mas dão-me esperança de que vai ser ultrapassado".
Nove meses depois desta confissão, o problema oncológico do artista continua longe de estar solucionado. Ter-se-á, inclusive, agravado. Em declarações ao Correio da Manhã, o cantor revelou o seu estado físico e de espírito e também a preocupação dos clínicos que o acompanham. "Os médicos estão preocupados e eu também. Neste momento sinto-me muito cansado e sem forças", sublinhou, num momento em que as más notícias o obrigam a retomar os tratamentos oncológicos que vinha fazendo desde o verão, e a ser submetido, dia 22 de março, a um exame mais intrusivo, inclusive com nova biópsia, para confirmar "se há novas metástases no pulmão", adiantou o artista.
INSINUAÇÕES SEM ROSTO
A degradação do estado de saúde do cantor, que está a deixar família, amigos e os milhares de fãs preocupados, surge num momento em que Marco Paulo poderá ser o alvo de uma insinuação pública feita pelo ex-dirigente social democrata e comentador político, José Pacheco Pereira, numa crónica assinada no jornal Público de dia 18 de fevereiro, que deitou psicologicamente abaixo o conceituado artista.
Sem mencionar o nome de Marco Paulo, o antigo deputado do PSD fez insinuações sobre "a relação ambígua" de "um artista de variedades" com o seu afilhado que teria "comprado aos pais", seus empregados. "Um caso que várias vezes referi, espantando-me por não provocar qualquer réstia de indignação, é o de um artista de variedades que viveu durante algum tempo às claras, com publicidade, com uma criança, seu afilhado, que de uma certa maneira comprou aos pais seus empregados", escreveu, de forma polémica, tendo o tema ganhado dimensão ao ser capa do semanário Tal&Qual. Confrontado com a notícia, Marco Paulo reagiu, indignado, às alegadas suposições de Pacheco Pereira, recusando sempre ser o alvo dessas mesmas insinuações. "Isso é um nojo! Não, não! O Marco António sempre saiu em capas de revistas comigo e com a mãe. Mas o que é que esse senhor tem a ver comigo? O Pacheco Pereira deve estar mal disposto e pegou em mim. Mas isto é um disparate, uma mentira!", defendeu, rematando ser tudo falso: "Ele está a mentir perante milhões de portugueses! Eu era capaz de dar a minha vida pelo meu afilhado. É tudo inveja, tudo maldade!"
EM QUEDA LIVRE NA SIC
Marco Paulo foi uma das grandes apostas de Daniel Oliveira para a grelha da SIC, com o programa Alô Marco Paulo, que entrou em fase descendente nas audiências ao ser transferido das tardes de sábado para as manhãs (preterido em favor de Fátima Lopes), e depois de a TVI ter contra-atacado com um reforço da emissão do Dois às 10. Com o contrato a terminar em abril de 2023, o futuro de Marco Paulo é muito incerto em Paço de Arcos.