"O Nuno é um jovem muito íntegro e posso dizer que nesta história, talvez seja o único que não tinha interesses, que esteve ali genuinamente porque adorava, venerava o avô", referiu à FLASH! uma fonte próxima do antigo presidente do FC Porto, pouco depois da sua morte, numa referência ao neto que acompanhou o líder portista nos últimos anos, principalmente naqueles mais difíceis, em que o avô lutou contra a doença.
Talvez consciente disso mesmo, Pinto da Costa deixou-lhe porventura um dos seus bens mais preciosos: os direitos de utilização do seu nome. "No fundo, foi como que uma mensagem de que ele é o futuro." Nuno Pinto da Costa, de 28 anos de idade, percebeu bem a mensagem do avô e, também por isso, não vai permitir que denigram o nome e o legado do antigo líder portista, que partir a 15 de fevereiro.
Com essa ideia em mente, o filho de Alexandre Pinto da Costa – que durante muitos anos esteve de relações cortadas com o pai – acabou de lançar o livro 'O Azul Depois do Fim', já disponível em pré-venda. "A razão pela qual eu escrevo o livro é diferente da razão pela qual eu publico o livro. O meu avô faleceu e este foi o ano mais complicado da minha vida. Era a minha grande inspiração, o meu ídolo, a minha grande referência e, portanto, eu começo a escrever o livro após a sua morte quase como uma maneira para desabafar, para passar para o papel todas as emoções que fui sentindo ao longo deste tempo. São as emoções de um miúdo de 28 anos que perdeu o seu presidente, o seu ídolo e acima de tudo o seu avô. (...) Faz me mesmo muita falta mas sei que vai estar sempre presente na minha vida", justificou no 'Noite das Estrelas', da CMTV.
E é precisamente para defender o legado do avô contra as "narrativas falsas" que continuam a ser propagadas, na opinião do neto, que vem agora a público com este testemunho. "Ainda recentemente saiu um livro chamado 'Capitão de Abril' sobre as eleições com André Villas-Boas na capa, dando a entender que é o messias e o salvador da pátria que veio para resgatar o FC Porto de um período muito negro de 42 anos de derrotas. Não há nada mais falso que isto obviamente e facilmente comprovável com os números", apontou Nuno Pinto da Costa no late night da CMTV.
"Isto é uma narrativa alimentada pela atual direção, que há um ano atrás o insultava, difamava, passava informações para a comunicação social e promoveu auditorias para ver se arranjava uma unha que fosse para manchar o nome do meu avô. E hoje em dia querem fazer homenagens porque politicamente dá jeito e para ficarem bem na fotografia. Este tipo de homenagens honestamente eu não as quero e sei que o meu avô não as quereria", assegura Nuno, que não escamoteia a possibilidade de vir a concorrer à presidência do FC Porto.
"Se eu um dia achar que tenho capacidade candidato-me e depois estaria na mão dos sócios. Agora neste momento evidentemente está fora de questão (...) O futuro a Deus pertence e, como diria o meu avô, 'largos dias tem cem anos'", reflete.
