
João Galamba foi constituído arguido pelo Ministério Público (MP) na última terça-feira, 7, no inquérito sobre os negócios do lítio e hidrogénio.
Em causa estão suspeitas de corrupção do ministro das Infraestruturas enquanto ainda era secretário de Estado da Energia e Ambiente, mas, de acordo com a revista 'Sábado', Galamba foi apanhado durante as investigações em pelo menos uma situação paralela ao caso.
"O suspeito João Galamba determinou, por diversas vezes, aos motoristas [...] que prestaram serviço no seu gabinete de secretário de Estado da Energia e Ambiente, atualmente no ministério das Infraestruturas, que efetuassem diversas deslocações exclusivamente para seu benefício pessoal, por exemplo transportar as suas filhas e empregada e ir buscar garrafas de vinho, o que aqueles fizeram", revelou o auto das buscas, citado por aquela revista.
Em relação ao caso de lítio e hidrogénio, o MP afirmou que João Galamba teve almoços e jantares pagos pela Start Campus, a empresa responsável pelo projeto de construção do centro de dados SINES 4.0 - cujos acordos de concessão de exploração de lítio estão a ser investigados.
"O ministro das Infraestruturas, João Galamba, e o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Nuno Lacasta, almoçavam e jantavam por isso sem nada pagar", referiram as autoridades, citadas pela 'CNN Portugal'. Nestas refeições pagas, inclui-se um jantar de 1300 euros.
O MP suspeita de fortes indícios de crimes de corrupção ativa e passiva de titular de cargo político, tráfico de influência e prevaricação.