O ministro dos Infraestruturas, João Galamba, apresentou a demissão ao primeiro-ministro António Costa, esta terça-feira, "em prol da necessária tranquilidade institucional". Em causa está a intervenção do SIS após ex-adjunto do ministro das Infraestruturas ter levado consigo um computador.
"Demito-me apesar de em momento algum ter agido em desconformidade com a lei ou contra o interesse público que sempre promovi e defendi na minha atuação enquanto governante", refere o minsitro em comunicado enviado às redações, na tarde desta terça-feira, 02 de maio.
Recorde-se que a exoneração do ex-adjunto de Galamba, Frederico Pinheiro, foi conhecida na sexta-feira, 28. De acordo com o ex-adjunto do ministro das Infraestruturas, João Galamba procurou omitir informação à comissão de inquérito à TAP. O SIS terá intervindo para recuperar o computador que Frederico Pinheiro levou do ministério das Infraestruturas para casa. O desafio a Marcelo Rebelo de Sousa No entanto, já após o comunicado de João Galamba, um golpe palaciano volta a mudar o desfecho desta história. O primeiro-ministro, António Costa, recusou o pedido de demissão do ministro e pediu desculpas aos portugueses por "um deplorável acidente ocorrido no Ministério das Infraestruturas", numa decisão que está a ser lida como um claro desafio ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que já tinha referido a falta de condições para João Galamba continuar no cargo.
O desafio a Marcelo Rebelo de Sousa
No entanto, já após o comunicado de João Galamba, um golpe palaciano volta a mudar o desfecho desta história. O primeiro-ministro, António Costa, recusou o pedido de demissão do ministro e pediu desculpas aos portugueses por "um deplorável acidente ocorrido no Ministério das Infraestruturas", numa decisão que está a ser lida como um claro desafio ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que já tinha referido a falta de condições para João Galamba continuar no cargo.
"Entendo que não lhe é imputável pessoalmente qualquer falha. Este lamentável incidente, a todos títulos deplorável, é imputável única e exclusivamente a quem, tendo sido demitido, agiu violentamente sobre outras pessoas", justificou o primeiro-ministro. António Costa esteve reunido com Marcelo Rebelo de Sousa durante a tarde desta terça-feira, 2, onde o primeiro-ministro informou o Presidente da República sobre a sua decisão de não aceitar a demissão de João Galamba. "É uma decisão minha que me responsabiliza a mim", refere o primeiro-ministro. "Era muito mais fácil ter aceitado a demissão de João Galamba, mas em boa consciência não podia aceitar", acrescenta. Ainda que alguns comentadores vaticinassem o fim da carreira política de João Galamba, ainda não foi desta que terminou. António Costa concedeu uma nova vida ao ministro das Infraestruturas dentro do Governo. A ligação a José Sócrates que termina numa "grande desilusão" Trabalhador, muito criativo a encontrar soluções, homem de ação, são alguns dos predicados associados a João Galamba que também é visto como muito impulsivo, com histórico de alguns confrontos nas redes sociais, particularmente no Twitter. Galamba chegou ao ministério das Infraestruturas, vindo da secretaria de Estado da Energia, cargo que aceitou com particular orgulho.
António Costa esteve reunido com Marcelo Rebelo de Sousa durante a tarde desta terça-feira, 2, onde o primeiro-ministro informou o Presidente da República sobre a sua decisão de não aceitar a demissão de João Galamba. "É uma decisão minha que me responsabiliza a mim", refere o primeiro-ministro. "Era muito mais fácil ter aceitado a demissão de João Galamba, mas em boa consciência não podia aceitar", acrescenta.
Ainda que alguns comentadores vaticinassem o fim da carreira política de João Galamba, ainda não foi desta que terminou. António Costa concedeu uma nova vida ao ministro das Infraestruturas dentro do Governo.
A ligação a José Sócrates que termina numa "grande desilusão"
Trabalhador, muito criativo a encontrar soluções, homem de ação, são alguns dos predicados associados a João Galamba que também é visto como muito impulsivo, com histórico de alguns confrontos nas redes sociais, particularmente no Twitter. Galamba chegou ao ministério das Infraestruturas, vindo da secretaria de Estado da Energia, cargo que aceitou com particular orgulho.
A mesma satisfação com que aceitou o convite de José Sócrates, em 2009, para participar no fórum Novas Fronteiras, e, logo a seguir, integrar as listas do PS às legislativas daquele ano. Na altura, com estatuto de Independente mas bastante próximo do então primeiro-ministro, que haveria de terminar numa "grande desilusão", como afirmou mais tarde. Não obstante, e de acordo com o noticiado pelo jornal 'Sol', em setembro 2017, Galamba foi o elo usado por uma fonte próxima do Governo de Pedro Passos Coelho para tentar avisar José Sócrates de que estava em curso uma investigação que o visava, a 'Operação Marquês'. O que terá ocorrido, ainda de acordo com o jornal, em outubro de 2014, um mês antes de Sócrates ser detido no aeroporto de Lisboa. João Galamba "não leva desaforo para casa, ferve em pouca água", diz um amigo, citado pelo 'Notícias Magazine', para quem a impulsividade é "um defeito, mas também uma virtude do João".
Não obstante, e de acordo com o noticiado pelo jornal 'Sol', em setembro 2017, Galamba foi o elo usado por uma fonte próxima do Governo de Pedro Passos Coelho para tentar avisar José Sócrates de que estava em curso uma investigação que o visava, a 'Operação Marquês'. O que terá ocorrido, ainda de acordo com o jornal, em outubro de 2014, um mês antes de Sócrates ser detido no aeroporto de Lisboa.
João Galamba "não leva desaforo para casa, ferve em pouca água", diz um amigo, citado pelo 'Notícias Magazine', para quem a impulsividade é "um defeito, mas também uma virtude do João".
