
Ninguém conhece melhor a concorrente venezuelna do 'Big Brother', Angélica, do que Nuno, com quem casou em 2019. O casal conheceu-se em 2013, depois de o português ter emigrado para a Venezuela à procura de uma vida melhor, em 2011.
A química demorou, pois Nuno diz que "como trabalhava na padaria e estava sempre ocupado não a tinha ainda visto a sério", revela à TV Guia. Foi em 2013, num dia de menor movimento, "ela surgiu na padaria e eu perdi-me por ela", revela o aveirense.
Foi aí que ficou a saber a história da jovem que viria a tornar-se sua mulher em 2019.
Angélica nasceu em berço de ouro. "O pai trabalhava numa empresa muito importante na Venezuela quando ela era pequena. Tinham uma vida de luxo: três casas, cinco carros. E o pai estragava-a com mimos e prendas. Talvez porque reconhecesse ser um pai ausente". Aliás Nuno conta que a mulher lhe revelou, que nos bons tempos, bastava fazer uma birra "que ele dava-lhe logo o que ela pedia".
Mas tudo ruiu quando o pai de Angélica perdeu o emprego. "Ela passou de princesa a gata borralheira e teve que começar a trabalhar", revela o jovem.
Foi nessa altura que ela se deparou com a dura realidade do país onde vivia. Já a namorarem, Nuno e Angélica viveram situações de risco e quase perderam a vida em várias situações violentas. "Eles, os ladrões, lá não se preocupam com a vida de uma pessoa: apontam a pistola e ou dás tudo ou...", diz sem terminar. "Nos primeiros anos, eu não sabia o que era isso mas um dia na padaria apareceram lá uns homens e, mesmo com clientes presentes, ameaçaram a minha vidade de pistola na mão. Pediram o dinheiro da caixa, o telemóvel, que era novo e olhem dei tudo...", recorda.
Mas para Angélica era pior. "Havia pessoas que sabiam que ela vinha de uma família que tinha sido de bem e achavam que ela tinha muito dinheiro. Foi muitas vezes assaltada à mão armada por isso. Pistola na cabeça, percebem?", revela Nuno. "Vimos ambos muita coisa má. Nós viviamos perto dos bairros pobres, onde além da falta de comida e medicamentos há muita violência e isso marcou-me a mim e a ela que vinha de outro extrato social".
A insegurança e o amor de ambos levou-os a Aveiro, onde hoje residem. "Aquilo em 2018 lá estava tão mau que decidimos vir embora. E acabámos por casar um ano depois".