
Fátima Lopes tem atualmente uma vida profissional de sucesso, de fazer inveja a muita gente em Portugal. É uma das melhores apresentadoras do país e tem um ordenado de sonho: 25 mil euros mensais. Mas nem sempre o lado profissional correu bem para a estrela da TVI, que agora revela momentos de pesadelo com um chefe abusivo que por causa das agressões verbais que fazia levou Fátima Lopes a ficar de baixa.
Num texto revelador, que publicou no seu site, Fátima recorda, com pormenores, os tempos que quer esquecer. " Sempre que me chamava ao gabinete, eu saía transtornada. Os gritos ouviam-se cá fora", diz, revelado que este chefe, o seu primeiro, tinha uma atitude cruel para com os colaboradores. "Sim, fazia bullying no trabalho. Tudo lhe servia. Diariamente tinha de ter uma vítima. Eu não era a única! Havia sempre alguém que ele chamava aos berros e que já sabia que ao entrar naquele gabinete, onde as conversas aconteciam quase sempre de porta aberta, ia ser humilhado, enxovalhado e mal tratado. Era impossível manter a auto estima com um chefe assim ou melhorar a confiança no nosso trabalho."
Em início de vida profissional, e também conjugal, Fátima teve de aguentar. "Perguntava-me todos os dias quanto tempo iria aguentar aquele ambiente, mas a verdade é que estava no início da minha vida conjugal e precisávamos do ordenado dos dois para pagar as contas. Tudo piorou quando tive de ir a Espanha com o meu chefe, a uma reunião com os elementos da "casa mãe". Isto porque ele não falava uma palavra de inglês. Precisou de mim o tempo inteiro para lhe traduzir o que diziam e para eu traduzir o que dizia. O sentir-se nas minhas mãos deixou-o furioso", acrescenta.
"Chegou a um ponto em que aos domingos à noite, já entrava em ansiedade. A minha médica de família mandou-me ficar de baixa, para proteger a minha saúde emocional", revela.
Nesse tempo que ficou em casa, Fátima arregaçou as mangas e mandou vários currículos. Foi chamada para uma entrevista, numa empresa que ia começar, e que iria trabalhar com a SIC.
Mas antes de saber isso, decidiu despedir-se, virar costas às agressões verbais do antão chefe. E bendito o dia em que arriscou: "Esta empresa tinha um contrato de exclusividade com a SIC, que ficava sob a minha alçada. E, foi este o passaporte para entrar no mundo onde trabalho há 24 anos e pelo qual ainda hoje estou profundamente apaixonada."