
Jorge Nuno Pinto da Costa fala da morte com naturalidade. O presidente do FC Porto sabe que é uma inevitabilidade e por isso mostra-se tranquilo: "Há coisas que a gente pode tentar mudar, mas a hora da nossa morte não", diz. Aos 86 anos, Pinto da Costa já escreveu o comunicado anunciando a sua morte. O texto não foi usado porque ele sobreviveu à operação ao coração, mas antes de entrar no bloco operatório, deixou tudo alinhavado caso o pior acontecesse.
"Estava convencido que ia morrer", disse, na conversa que teve esta sábado no 'Alta Definição' da SIC. E explicou: "Quando fui operado ao coração, deixei dois anúncios, um que foi publicado, a dizer que tinha sido operado e que correu tudo bem, e outro a comunicar a minha morte. Encarei com naturalidade. Que me adianta estar preocupado com a morte? Ela vai acontecer no dia em que Deus quiser".
E sobre a sua morte, a sua vontade é clara. Há pessoas que não são bem-vindas. "Há pessoas que me incomodaria muito se fossem ao meu funeral. Os meus filhos sabem as pessoas que lá gostaria de ter e quem não gostaria de ter. Sabem que quero ser cremado e que as minhas cinzas sejam deitadas na azinheira ao pé da Nossa Senhora de Fátima", explicou na SIC. "Quero que todos vão ao meu enterro de gravata azul. Quero as pessoas, em homenagem ao FC Porto, estejam todas de azul", pediu.