
Está prometido. O Presidente da República vai juntar-se à Associação CAIS, que apoia cidadãos com grave carência económica, em duas ações: como diretor da 'CAIS' e como vendedor ambulante.
Marcelo Rebelo de Sousa aceitou ser diretor da revista 'Cais' da edição de abril, mas antes, no dia 9 de março, vai para a rua vender a publicação nas esplanadas dos jardins de Belém. "Fica já combinado", afirmou satisfeito para um dos vendedores, António Pias.
A revista 'CAIS' tem por missão ser uma ponte entre o desemprego e a reinserção no mercado de trabalho de cidadãos com graves carências económicas.
O Presidente conhece bem a associação e a sua revista. "Muitas vezes ia à casa de família, na rua de S. Bernardo, e nos semáforos do Rato em frente à igreja, está sempre um vendedor. Compro sempre 2 exemplares de cada vez".
Desta vez, ao receber dois vendedores da 'Cais' no Palácio de Belém, o Presidente comprou 10 revistas. E ainda aceitou os 2 desafios: ser diretor e vendedor ambulante.
UMA SANDES AO ALMOÇO
"Estou disponível para ir para qualquer ponto de venda", disse Rebelo de Sousa. E mostrou-se satisfeito ao saber que há vendedores junto às esplanadas onde costuma almoçar. "É curioso, nunca vi. Vou lá muitas vezes almoçar, uma sandes, e nunca encontrei nenhum. Está prometido".
O dia 9 de março, o mesmo em que passa um ano desde a tomada de posse, foi o escolhido. E o tema da revista, para abril, também foi logo combinado: o rejuvenescimento. Uma ideia conjunta do Presidente Marcelo e de António Pias, um dos vendedores, após folhearem a revista de fevereiro, que foi dirigida pelo apresentador da SIC João Baião e queé dedicada ao envelhecimento.
Marcelo realça que esta ação solidária não é uma novidade para si. "É uma realidade antiga. Há uns anos pediram-me um depoimento e escrevi para a 'CAIS'. Desta vez vou dirigi-la", realçou, sorridente.
O Presidente destaca o papel que a Associação CAIS tem tido na vida de milhares de antigos sem-abrigo e desempregados. "Apoiam muita gente, sobretudo nos grandes centros urbanos, como é o caso de Lisboa. Merecem todo o meu apoio".