
Marcelo Rebelo de Sousa perdeu centenas de milhares euros de rendimento anual para, no passado dia 9 de março de 2016, assumir o cargo de Presidente da República portuguesa. O site FLASH! foi analisar todas as declarações de rendimentos entregues pelo ex-professor universitário e ex-comentador televisivo no Tribunal Constitucional, em outubro de 2015 – data em que este se apresentou como candidato ao mais alto cargo da política nacional – e descobriu o gigante rombo financeiro que Marcelo sofreu, e vai sofrer, nas suas contas pessoais para se poder transformar no Presidente dos Afetos.
Quando em outubro de 2015 se candidatou à presidência, Marcelo declarou aos Juízes Conselheiros do Palácio Ratton que tinha faturado, entre trabalho dependente e independente, qualquer coisa como 384.886,59 euros ilíquidos, um valor muito longe dos 78.276 euros que ganhará por ano como Presidente da República, mais aumento menos aumento, até 2020, o ano em que termina o mandato de cinco anos.
Em suma, contas feitas, Marcelo Rebelo de Sousa vai perder cerca 306 mil euros por ano, tendo sempre em linha de conta a declaração de IRS por si feita em 2014 e na qual se baseou para prestar contas oficiais aos juízes do Tribunal Constitucional.
Aliás, por se ter apresentado a votos em janeiro de 2016, o professor universitário de Direito teve que suspender todos os comentários televisivos que fazia na TVI, estação privada de televisão onde foi presença assídua, mesmo com um interregno forçado, durante cerca de 15 anos. A 11 de outubro de 2015, na presença dos jornalistas Judite Sousa e Sérgio Figueiredo, respetivamente pivot do canal e diretor de informação, Marcelo despediu-se dos telespetadores e do comentário político dominical que o catapultou para a ribalta mediática.
PERDE 1 MILHÃO E MEIO DE EUROS EM CINCO ANOS
Só nesses 3 meses do final do ano de 2015, em que teve de abdicar de trabalho independente, foi-lhe desferido um rude golpe nas contas bancárias pessoais. Marcelo candidato perdeu 86 mil euros só por ter suspendido atividade televisiva em outubro e por ter deixado de redigir pareceres jurídicos.
Se o agora Presidente da República tivesse continuado a manter o mesmo ritmo de trabalho e faturação que tinha em 2014, no final dos cinco anos de presidência Marcelo terá perdido perto de 1.531.000 euros, um rombo financeiro que troca pelo dever público, pela popularidade e por poder exercer um cargo à medida da sua personalidade.