
"É um momento difícil", garantia Armando Vara quando entrava na prisão de Évora para cumprir pena no dia 16 de janeiro. Agora por causa da comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos foi obrigado a ir ao Parlamento falar sobre o tempo em que era administrador.
Além do que vai dizendo (ou não) aos deputados, o amigo de José Sócrates, que regressou por estes dias a Évora para visitar o ex-banqueiro, o que salta à vista de quem vai comentando nas redes sociais é que Armando Vara está "com bom ar".
O socialista, que entregou o cartão de militante do PS depois de ter sido condenado, surgiu com o cabelo cortado, barba feita, de fato e com ar de quem tem apanhado algum sol em Évora.
São três os crimes de tráfico de influência pelos quais foi condenado pelo Tribunal de Aveiro no dia 5 de setembro de 2014.
Em 2009, então vice-presidente do BCP, Vara recebeu cerca de 25 mil euros para exercer influência junto de Mário Lino, ministro das Obras Públicas do governo de José Sócrates, a favor do sucateiro Manuel Godinho, líder do grupo O2 e o protagonista do caso Face Oculta, pela "rede tentacular" de favores que criou, como descreve o Tribunal de Aveiro.