José Sócrates, primeiro-ministro de Portugal entre março de 2005 e junho de 2011, sempre foi conhecido pelos seus gostos requintados. Na Oficina Mustra, na Avenida da Liberdade, onde mandava fazer alguns dos seus fatos, foi-nos descrito como um homem "requintado e bem perfumado".
Atualmente, partilha a sua vida com Lígia Correia, uma mulher ligada ao PS e que mora consigo no luxuoso apartamento do Parque das Nações.
Porém, as mulheres com quem se relacionava eram várias. Muitas não resistiam ao seu charme discreto e inteligente. Sofia Fava, mãe dos seus 2 filhos, José Miguel e Eduardo, de quem se divorciou em 1999, continua a fazer parte da sua vida até hoje.
Foi para casa de Sofia Fava que Sócrates se mudou, quando saiu da prisão de Évora, apesar de Fava já ter refeito a sua vida e ter, atualmente, outro companheiro.
Sofia Fava, engenheira do ambiente e artista plástica, é também arguida no Processo Marquês. É de sua propriedade o Monte das Margaridas, situado a escassos 40 quilómetros da prisão de Évora.
O Monte das Margaridas foi comprado por 760 mil euros e as garantias, que deram luz verde ao empréstimo, foram dadas por Carlos Santos Silva. No âmbito do processo, a propriedade está, agora, arrestada.
Com as investigações, ficou ainda a saber-se que entre 2010 e 2014, Sofia Fava terá recebido uma avença mensal no valor de 5 mil euros, pagos por Carlos Santos Silva.
A ex-mulher do governante justifica, em entrevista à RTP: "Prestei serviço, em dedicação exclusiva desde 2013, com contrato de avença, na área de projetos urbanísticos e ambiente, à empresa XLM, de que o engenheiro Carlos Santos Silva é, tanto quanto sei, sócio, tendo recebido o valor ajustado para o trabalho que executei e que se encontra documentado".
Fernanda Câncio foi a mais mediática namorada de José Sócrates. A jornalista vive do seu trabalho mas, do processo, constam umas férias em Formentera, Espanha, em julho de 2014.
A acompanhar o casal estava Carlos Santos Silva e a mulher deste. Segundo a documentação processual, foram arrendadas duas moradias de luxo por 18 mil euros, para 11 dias de férias. Os custos foram suportados por Carlos Santos Silva, amigo de infância de José Sócrates.
Paula Lourenço, advogada de Carlos Santos Silva, adverte: "É crime? Não constituí qualquer ilícito, tenha sido ou não aquele [Sócrates] a escolher, ou a sugerir o destino de férias".
Maria Célia Tavares, antiga empregada numa boutique de luxo, em frente ao edífico Heron Castilho, é outra das mulheres na vida de Sócrates.
Célia Tavares era comercial na loja mas subitamente despediu-se, o que provocou algum espanto nos colegas de trabalho. De origens humildes, morava num bairro pobre da zona oriental de Lisboa. Foi-lhe atribuído um romance com José Sócrates mas também, mais tarde, com José Cid.
Durante a fase de inquérito, Célia Tavares foi chamada a depor e assumiu ter pedido e recebido ajuda financeira por parte do amigo Sócrates. Quando a Operação Marquês começou a ser falada, Célia Tavares deixou de ser vista, pelos vizinhos, na sua residência habitual, tal como a FLASH! constantou no local. Certo é que o Ministério Público consegiu saber do seu paradeiro e interrogá-la.
A mais misteriosa amiga de José Sócrates vive na Suíça. Trata-se de Sandra Santos que terá recebido, entre 2008 e 2014, cerca de 100 mil euros, diretamente de uma conta titulada por Carlos Santos Silva.
A mulher foi mãe solteira, em 2011, e registou o filho sozinha. Mais tarde, a criança foi perfilhada por um cidadão suíço. Não se sabe a natureza da relação entre Sandra e Sócrates mas, segundo a investigação, a mulher esteve em Lisboa e terá pedido, diretamente, ao antigo primeiro ministro, financiamento. O tratamento entre ambos era informal e esses pedidos terão sido sempre satisfeitos.
