
Julie Sergeant é uma mulher livre de pensamento, sem preconceitos nem tabus, frontal na forma como aborda a sua sexualidade. Esta não é a primeira vez que fala abertamente sobre o seu lado mais íntimo, de ser ou não bissexual e de ter-se envolvido com outra mulher e de como continua essa procura pelo conhecimento em relação à sua sexualidade.
À conversa com Ana Rita Clara, Julie Sergeant, 52 anos de idade, recorda essa relação em que se apaixonou, primeiro que tudo o resto, pela pessoa. "Acredito plenamente que se gosta de pessoas e o que me atrai, muito mais do que o sexo em si, é a cabeça da pessoa. A pessoa, pela cabeça, leva-me. E depois o sexo é uma consequência do género de que a pessoa é", afirmou a atriz.
"O ter-me envolvido com uma mulher foi simplesmente por me ter apaixonado por uma mulher. Desde sempre houve essa coisa da homossexualidade, os homens dormiam com homens, as mulheres dormiam com mulheres, todos dormiam com todos. As orgias e essas coisas existem desde sempre", recorda.
Para Julie Sergeant, a orientação sexual de cada um ficará cada vez mais esbatida. As tendências das ligações amorosas passam cada vez mais pela essência do indivíduo e cada vez menos pelo género.
"Deixa de haver hipocrisia. Tem que ser um homem e uma mulher? Tem que ser um homem e uma mulher para se procriar. Mas procriar não tem nada a ver com o prazer que o sexo pode nos dar. Acho que se gosta de pessoas e eu apaixonei-me por uma mulher que eu acho lindíssima, interessantíssima e vivi com ela durante um ano", refere ainda.