
Sofia Ribeiro garante que o processo foi doloroso. A atriz de 33 anos, que teve de enfrentar um grave cancro na mama, foi ao bau das memórias e colocou em papel tudo aquilo que viveu. E alguns momentos não foram nada bons, como é do conhecimento público. Sofia já tinha revelado que teve uma adolescência em que viveu privada de muitas coisas, mas mesmo assim, apesar dos pesadelos que teve de ultrapassar, garante que o importante é seguir em frente. 'Confia' é o nome da sua auto-biografia, que vai estar á venda a partir do próximo dia 20. Neste livro, a atriz garante que vai revelar muitas coisas íntimas que até agora são desconhecidas do grande público.
"Ao fim de mais de um ano de muito trabalho, num processo muito difícil, doloroso e com muitos altos e baixos, consegui. Está finalmente pronto! Aqui vão encontrar o que sou. A minha história, desde a infância até ao presente. Vão poder saber aquilo que nunca partilhei publicamente e que só os mais próximos sabem. Porque nem sempre aquilo que guardamos para sempre é fruto de uma coisa boa", escreveu Sofia numa mensagem partilhada nas redes sociais.
"Sei isto hoje, enquanto vos escrevo e recordo, passo a passo, os últimos anos da minha vida. É estranho como a memória se torna especialmente competente nestas alturas. Lembro-me do que levava vestido, do cheiro do consultório médico, de como me cruzei com alguém que disse "ter saudades" de me ver na televisão, e das mensagens que troquei com amigos e colegas sobre coisas mundanas que enchem a vida de todos nós. Parecia um dia igual a tantos outros. Mas não foi. Todos os dias me lembro que não estou curada, apesar de ter terminado os tratamentos. Todos os dias peço à vida que me mantenha assim e todos os dias sou grata por ter saúde e amor", continua.
"Dois anos depois, sinto-me a celebrar todos os dias. Larguei vários pesos que carregava comigo há demasiado tempo, refiz relações importantes e sou hoje mais apta para saber o que é melhor para mim e para o meu corpo. De uma maneira estranha, e profundamente dolorosa, sinto que este cancro me encheu o coração. De amor dos amigos, da proximidade da família e de um imenso apoio e afeto que recebi de pessoas que não conheço e às quais quero, com este livro, agradecer. É para vocês que o escrevi, para todos os que tentaram saber como estava, os que pediram por mim e, genuinamente, me desejaram o melhor. Quero que saibam que todos os vossos gestos e palavras foram muito importantes e que conto retribuir, como puder, o vosso carinho. "Confia" foi para vocês, é vosso", acrescenta, rematando: "Acredito que o amor, cura."