
Rogério Samora está há quatro meses internado, vítima de duas paragens cardiorrespiratórias, sem qualquer sinal de melhoria. Porém, todas as noites os portugueses têm a oportunidade de o continuar a ver na pele de Cajó em 'Amor Amor'. Um privilégio para muitos e uma dor para os mais próximos, que não se conseguem confrontar com estas cenas.
"Eu não consigo mesmo ver... não é nada fácil. E não sou só eu. Custa-me imenso ir ao hospital visitá-lo, puxar-lhe as orelhas, ralhar com ele, meter-me com ele, na brincadeira, para ver se há alguma reação e... nada! Nada! Vejo-o ali deitado, sempre na mesma posição, e, depois, chego a casa e está ele na televisão, saudável, no auge da carreira, numa novela de sucesso!", começa por desabafar o primo do ator, Carlos Samora, à revista 'Nova Gente'.
Desesperado por qualquer reação do primo, lamenta: "Nesta segunda temporada ele ia arrasar mais ainda. É muito triste aceitar isto tudo. Ele não merecia... Por isso mesmo, não consigo assistirà novela."
A mesma revista falou com uma psicóloga que explica o quão doloroso pode ser para a família encarar este momento delicado da vida de Samora e, ao mesmo tempo, depararem-se todos os dias com imagens suas na televisão. "Quandos e está na iminência de perder alguém, a gestão emocional face a essa incerteza pode ser muito difícil de gerir, principalmente quando são reativadas memórias acerca do mesmo na televisão. Torna-se um aspeto que, para a família e amigos, irá trazer, a nível psicológico, um maior sofrimento", explica Marta Dias.