
O cabeleireiro Eduardo Beauté, pai de três filhos, Bernardo, Lurdes e Eduardo Jr., não gostou nada do que viu, no primeiro episódio de 'Supernanny', transmitido no domingo, 13. "Vi e achei muito violento. Não se expõe uma criança daquela forma. Para mim, quem precisa de tratamento, pelo menos no caso do primeiro episódio que foi o que vi, é aquela mãe e aquela avó." O cabeleireiro aproveita ainda para gabar o comportamento dos filhos: "Depois de ver isto posso dizer que sou abençoado com os meus filhos."
"É DE IR AO GREGÓRIO"
Quem discorda totalmente da emissão do programa 'Supernanny' é Maya. A apresentadora da CMTV é licenciada em Ciências da Educação e foi, durante vários anos, professora. Foi também nessa época que criou o filho Vasco, na altura uma criança, hoje um adulto estável e bem enquadrado profissional e socialmente.
"É um formato que em nada beneficia a criança. São crianças com questões graves e que têm de ser tratadas por multidisciplinares. Como professora que fui, na minha opinião este tipo de crianças têm de ser devidamente enquadradas por uma equipa que abranja a família – pai e mãe – , a escola e um psicólogo". De resto, Maya acredita que Supernanny "é um espectáculo de televisão. Quanto à Teresa, gosto imenso dela e de a ver."
O humorista Bruno Nogueira, pai de Luísa de dois anos, ataca ferozmente o novo programa da SIC. "Só descrever aquela coisa é de ir ao gregório", começa por atirar, no programa 'Mata-Bicho', da Antena 1.
De seguida, Bruno diz que o programa "parece ser feito por um nazi pedófilo" e começa a explicar o seu ponto de vista: "O 'Supernanny' serve unicamente para humilhar e expor as crianças inscritas pelos pais, a quem se devia laquear as trompas e retirar os testículos."
"ANIMAIS DE CIRCO"
A psicóloga Joana Amaral Dias, através da sua página oficial de Facebook, também realça o seu descontentamento com a transmissão de 'Supernanny'. "É um grosseiro atentado aos direitos das crianças e não se percebe como é que pode continuar no ar", começa, apelando à atenção da ERC e da CPCJ.
E conclui, ainda: "Trata os putos como animais de circo (já nem esses são permitidos), condicionados com castigos e recompensas, retirando toda a dignidade às duas partes (pais e filhos)."