
Quando embarcou no avião em Nova Iorque, no início de março, José Castelo Branco estava longe de imaginar que tinha acabado de entrar numa descida ao purgatório e que a sua vida não mais seria a mesma. O marchand d'art viajou para Portugal para acompanhar um dos momentos mais especiais da família, o batizado da neta Constança. Para além disso, deu várias entrevistas e estava a preparar um documentário para a Netflix quando o estado de saúde da mulher, Betty Grafstein, agravou-se. Em poucos dias tudo mudou.
Acusado de violência doméstica pela mulher de 95 anos, o socialite ficou sem casa, sem os pertences pessoais, foi detido pelas autoridades e agora vê a sua vida passar por um escrutínio muito maior do que alguma vez imaginou. Pior, encontra-se num limbo, a aguardar a decisão da Justiça, perdeu contratos, não tem casa e viu alguns dos seus amigos afastarem-se. "Tem a vida desgraçada e os amigos estão a virar-lhe as costas", lamentou uma fonte próxima de Castelo Branco à imprensa.
Recentemente, ficou a saber ainda que a Netflix cancelou o documentário. De acordo com a agente de José Castelo Branco, Luciana Lima, a plataforma de streaming suspendeu o documentário sobre a vida do antigo marchand por causa da acusação de violência doméstica. "Tenho fé que quando o José vier para os EUA que vá pelo menos acabar o documentário dele para a Netflix. Quero acreditar que vai dar tudo certo, que a Betty possa participar nesse documentário, porque era o maior sonho da Lady Betty. Eu queria dar-lhe isso em vida", disse Luciana à revista 'Mariana'.
Nesta segunda-feira, 3, o tema documentário também foi abordado no 'Manhã CM', da CMTV. O comentador Léo Caeiro referiu-se ao contrato de Castelo Branco com a Netflix e falou em valores superiores a 50 mil euros. "Na altura falou-se em 50 mil euros para fazer este documentário. Acredito que a Netflix deverá pagar-lhe mais porque muitas pessoas vão ter interesse em ver este conteúdo", resumiu o comentador.
Esta é mais uma machadada nas receitas de José Castelo Branco que já se viu obrigado a pôr à venda alguns do bens de luxo para fazer face às despesas. Para além disso, terá apresentado uma queixa-crime contra a ex-amiga, Marcella Fernandes – a empresária da noite que terá retido sete malas Louis Vuitton do socialite, com todos os seus pertences – e a Roger Basile, filho de Betty, a quem Marcella terá, posteriormente, entregado as malas de Castelo Branco. O antigo marchand alega que tem aí guardados bens no valor de 2 milhões de euros.
Por enquanto, José Castelo Branco mantém a amizade de Marluce, ex-mulher de Carlos Cruz, que está a hospedar o socialite desde os momentos de maior tensão, com a acusação e a detenção para interrogatório. Marluce "é uma das poucas pessoas que lhe dá a mão". "Ele não tem casa, nem os seus acessórios e as suas jóias, nem roupa. Neste momento, ele não tem onde cair morto", contou outra fonte.
Castelo Branco está a ser acusado de violência doméstica contra Betty Grafstein, com quem é casado há 28 anos, por alegadamente ter empurrado a mulher de 95 anos. A herdeira da Grafstein Diamonds está internada desde 20 de abril com vários problemas de saúde e uma fratura no fémur.