
Os Estados Unidos da América estão oficialmente de volta ao Acordo de Paris após o abandono durante a era Trump. Esta medida, cujo processo se iniciou pouco depois da tomada de posse de Joe Biden, aparece depois do novo presidente norte-americano ter referenciado várias vezes o combate às alterações climáticas durante a campanha eleitoral, incluindo uma promessa de reduzir a poluição do setor energético.
O Acordo de Paris, assinado em 2015 por 195 países, estabelece que todos os estados participantes deverão elaborar metas para atenuar o aquecimento global, mantendo o acréscimo médio de temperatura abaixo de 2 graus Celsius, com cada uma das nações a ter a responsabilidade de aplicar políticas pertinentes e apresentar relatórios sobre o desempenho a nível energético, redefinindo as metas acertadas de forma cada vez mais ambiciosa.
No tópico das alterações climáticas, Bill Gates providenciou uma entrevista à estação pública britânica BBC, através de um ecrã gigante no Museu de História Natural de Londres, onde declarou que acabar com a pandemia é muito mais fácil que resolver o problema das mudanças de clima, que, para o co-fundador da Microsoft, seria "a coisa mais maravilhosa feita pela Humanidade."
O milionário lançou um livro denominado ‘Como Evitar um Desastre Climático’, onde explica a importância das medidas que deverão ser aplicadas nos próximos tempos: "Nunca fizemos uma transição como aquela que estamos a debater para os próximos trinta anos", acrescentando que "não há precedentes para algo assim." Bill Gates considerou que parte da solução está na inovação e que a tecnologia será um valioso auxílio para que se possa resolver a questão do aquecimento global, colocando a responsabilidade nos governos de cada país.
Adicionalmente, num artigo colocado no seu blog, ‘GatesNotes’, o também filantropo assinala que as soluções têm de funcionar em países mais empobrecidos, assinalando que "em 2060, as alterações climáticas poderão ser tão mortais como a Covid-19, e, em 2100, cinco vezes mais", adindo que é imperativo "começar imediatamente", porque ao invés daquilo que sucede com o novo coronavírus, "não há um plano a dois anos para resolver a mudança do clima."