
Começa na próxima segunda-feira uma fase importante do plano de desconfinamento, que já teve início no passado dia 15 de março. O dia 5 de abril vai marcar o fim do dever de confinamento geral, que ficou para lá do domingo de Páscoa, para evitar uma situação semelhante àquela vivida no Natal e no Ano Novo, em que o relaxamento das medidas levou a um agravamento severo da situação pandémica.
Esta nova fase dependerá da avaliação do executivo de António Costa e, se for caso disso, será confirmada esta quinta-feira, mediante a matriz de risco mostrada em março – que relaciona o índice de transmissão, R(t) com o número de infeções por cada cem mil habitantes –mas os dados disponíveis mostram que não deverão existir quaisquer obstáculos à introdução de novas liberdades, com o R(t) nos 0,94 (o limite de risco é 1) e o grau de incidência em 65,3, longe do valor de 120 considerado perigoso para a progressão da pandemia.
Caso a decisão vá nesse sentido, a partir da próxima semana já abrirão os ATL, voltando o ensino presencial para segundo e terceiro ciclos, devolvendo alguma da normalidade às escolas de Norte a Sul do país. Também os palácios, museus, monumentos e galerias de arte regressarão, iniciando-se assim o desconfinamento igualmente no setor cultural, que tem sido um dos mais afetados pela pandemia.
Os ginásios retomarão a atividade, tal como as lojas com uma área até 200 metros quadrados com porta para a rua poderão deixar de estar a ter encerrada, e as esplanadas voltarão a ser disponibilizadas, com um limite de até quatro pessoas, número esse que é comum aos grupos de atividade física ao ar livre, com as modalidades desportivas de baixo risco a voltarem a ser uma realidade.
O dia 19 de abril – duas semanas depois – poderá voltar a trazer um maior grau de desconfinamento, de acordo com o plano inicial, incluindo o regresso do ensino secundário e das universidades, e a abertura de restaurantes, cafés e pastelarias, dependendo da situação pandémica em que Portugal se encontrar.