
O projeto ‘Instagram Kids’, uma versão da rede social para crianças entre os 10 e os 12 anos, foi interrompido pelo Facebook após um estudo ter concluído que a rede social tem um efeito nocivo na saúde mental dos adolescentes.
Este impacto manifesta-se nomeadamente na auto-estima e imagem - segundo o documento, 32% das jovens inquiridas admitiu que o Instagram as fazia sentir pior sobre o seu próprio corpo, contra 22% com a opinião contrária.
A existência deste estudo, cujo propósito era o de servir de investigação interna, foi revelada recentemente pelo ‘Wall Street Journal.’
Através das redes sociais, Adam Mosseri, líder do Instagram, anunciou a colocação em pausa do trabalho nesta iniciativa: "Continuamos a acreditar na necessidade desta experiência existir, mas decidimos pausar o projeto. Isto dar-nos-á tempo para trabalhar com pais, especialistas, decisores e reguladores, ouvindo os seus protestos e demonstrando o valor e a importância deste projeto para os jovens que hoje estão online", frisou.
"Críticos da ideia vão pensar que esta decisão significa que acreditamos tratar-se de uma má ideia, mas não é esse o caso. A realidade é que as crianças já estão online e acreditamos que desenvolver experiências apropriadas à idade e desenhadas especificamente para elas é bem melhor para os pais do que o que existe hoje", afirmou ainda o empresário israelo-americano.
Na próxima quinta-feira, a diretora de segurança do Facebook, Antigone Davis, irá estar perante a Comissão de Comércio, Ciência e Transporte do Senado dos Estados Unidos para prestar esclarecimentos sobre as revelações das investigações internas realizadas por esta rede social. Também já um grupo de legisladores democratas norte-americanos pediu ao Facebook para não só pausar, mas abandonar por completo o projeto ‘Instagram Kids.’