
José Carlos Malato, de 57 anos de idade, revela, pela primeira vez, ter sofrido uma grave depressão durante o confinamento forçado, devido à pandemia da Covid-19. "Pessoalmente, passei por altos e baixos. Tive ali uma fase difícil. Procurei ajuda. Sentia-me muito deprimido, sem vontade, desmotivado."
O apresentador da RTP não só adianta qual foi a causa da sua grave depressão, como desvenda quais foram as consequências da doença mental de que padeceu. "Fiquei muito em casa, durante o confinamento. Estava só com a minha família mais próxima. Depois, veio um verão cheio de trabalho, com as galas das ‘7 Maravilhas de Portugal’ e, aos poucos, as coisas foram andando e melhorando."
O alentejano de Monforte confessa, contudo, como foi a sua descida aos infernos interiores: "Passei mal, a depressão bateu-me forte. Sentia-me mesmo muito deprimido. Depois, procurei ajuda de um psiquiatra e de um terapeuta. Como gosto muito de terapias alternativas, fiz uma consulta de psiquiatria, onde fui seguido durante pouco tempo. Havia coisas que era preciso falar e com as quais não estava a saber lidar."
Meses depois da crise depressiva, José Carlos Malato, agora mais aliviado, acrescenta: "Continuei a viver, mas sabia que não estava bem, sabia que precisava de ajuda. Hoje, faço terapias alternativas, como a medicina quântica, e melhorei bastante. Não estava a conseguir dormir e hoje já consigo ter uma vida normal. Deito-me cedo e acordo cedo. Agora já passou. Mas foi difícil."
ESTEVE NUM "POÇO DA MORTE"
Além dos desequilíbrios no sono e nos estados de espírito, a estrela da estação pública desleixou-se também, devido à ansiedade, no que metia à boca. "Tive que reaprender tudo, desde a alimentação. Agora, faço jejum intermitente, emagreci nove quilos. Já estava a comer muito e aquilo era um poço da morte. Hoje, já tenho uma vida mais regrada", garante: "Estava a ficar com os valores descontrolados. Fiz exames de cardiologia e começou tudo a apitar. Agora, tenho mais cuidados com a alimentação."
O apresentador da RTP sublinha, por fim, que "estava habituado a uma vida agitada e com algum glamour" e, de repente, ficou confinado a casa, com os seus cães. "Foram eles a minha salvação. Mas já estou ótimo. Sinto-me bem e estou de novo entusiasmado com o futuro."