
Micaela, 42 anos, chamou "burlão" e "arquiteto e autor de uma trama fraudulenta, ilícita e ilegal" ao emigrante Carlos Quaresma, de 65, que ficou conhecido quando se candidatou a umas eleições no Benfica, acusando-o de pretender extorquir dinheiro a várias autarquias, em várias ações solidárias (de envio de material ortopédico oriundo da Suécia).
O tribunal deu razão ao emigrante português, há 30 anos radicado na Suécia, e a cantora acabou condenada, em maio de 2018, a pagar-lhe, por "ofensas ao bom nome, honra e consideração do autor", 20 mil euros de indemnização. Contudo, o lesado terá ao longo do tempo tentado cobrar a verba, mas sempre em vão.
Entretanto, Micaela terá enviado uma contraproposta a Carlos Quaresma: pagar 10 mil euros em prestações de 100 euros/mês. "Disse-me a chorar que vai ter de pedir ajuda a familiares e que não consegue mais por causa da Covid-19. Então, e quando não havia Covid, tinha a agenda cheia de espectáculos e passava o tempo na TV? Qual era a crise? Nenhuma!", acusou o emigrante.
O caso tem agora novos desenvolvimentos. Segundo a revista 'TV Guia', Micaela pediu ao tribunal de Setúbal, no passado dia 13 de agosto, que decretasse a sua "insolvência pessoal singular", "com pedido de exoneração do passivo restante".
O requerimento da advogada da artista terá sido aceite pelo tribunal que, três dias depois, nomeou uma administradora de insolvência, que irá procurar uma solução para as dívidas que já ultrapassaram, sem juros em mora, o montante de 99.513€.
Os argumentos da cantora para apresentar a insolvência é de que "desde 2013, a requerente nunca mais conseguiu erguer a sua carreira". "A sua imagem está deveras manchada no meio artístico, por todas as notícias que aquele exequente [Carlos Quaresma] faz questão de chegar à comunicação social (…) É verdade que a requerente é devedora, mas não é menos verdade que tudo tem feito para reerguer a carreira, o que não consegue", adianta-se no requerimento apresentado em tribunal.