Os últimos dias foram de grandes emoções para Rute Cardoso e os pais de Diogo Jota e André Silva, no regresso a dois antigos palcos dos sonhos para o internacional português.
A dor faz parte do ADN de um clube que, em 1989, chorou a partida de quase 100 adeptos, numa das grandes tragédias do futebol. Diogo Jota reaviva o sentimento de orfandade que nunca deixa Liverpool, uma cidade especial, com mística, onde futebol e cultura andam de mãos dadas num equilíbrio quase romântico. Terra dos Beatles, de arte e talento, os scousers - assim são chamados os habitantes de Liverpool - sentem-se muitas vezes mais perto da Irlanda do que da bandeira inglesa, que tantas vezes rejeitam. Uma viagem pela cidade portuária que, agora, será também para sempre morada de Jota e do irmão, André Silva.
Operários de profissão, não foi fácil aos pais de Diogo Jota e André Silva, Isabel e Joaquim Silva, manterem-nos no futebol, para que se tornassem estrelas mundiais. Sem luxos, mas sem nunca lhes faltar o essencial.
Imediações de Anfield repletas de flores, camisolas, palavras de condolências, em homenagens sem fim dos adeptos ao português, que perdeu a vida ao lado do irmão, André Silva, num trágico acidente de automóvel.
Cunhada de Diogo Jota namorava com André Silva há mais de cinco anos, num amor nascido na juventude e que tinha a bênção da família mais próxima. Jovem é enfermeira e conta agora com um núcleo muito restrito para fazer o luto.