Nos últimos dias, o brilho tão próprio de Lisboa foi substituído por uma sensação de desconfiança de locais e turistas, que questionam tudo aquilo que davam como adquirido. No meio dos cacos da tragédia, das lágrimas, do medo e da insegurança, Pedro Nuno Santos pede a demissão de Carlos Moedas, e a sua opositora, Alexandra Leitão, lamenta o monólogo do presidente da Câmara, sem direito a perguntas. Com as autárquicas marcadas para outubro, derrocada política pode ser um risco.
Antigo Secretário-Geral do PS tem-se dedicado a recuperar o tempo que roubou o filho Sebastião e a dar-lhe alguma normalidade. De férias com a mulher e a criança, não resistiu, porém, a dar um murro na mesa sobre um tema com o qual sofreu na pele.
O líder do Chega foi um dos grandes vencedores da noite eleitoral, em tempo de mudanças que marca um novo ciclo no seu percurso, com prejuízos para a vida pessoal, nomeadamente para a mulher, Dina Nunes, que se sacrifica por amor.
Os dois líderes ainda fazem parte da mesma coligação AD mas nem sequer se falam. Aliás, não se falam desde há um ano, quando PSD, CDS e PPM ganharam as eleições numa Aliança Democrática. Gonçalo já deu o recado a Montenegro.