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A misteriosa vida de Putin: as mulheres e os filhos escondidos

A vida privada do presidente russo está tão bem guardada quanto um segredo de Estado. Sabe-se muito pouco sobre a família do homem que ordenou a terrível invasão da Ucrânia. Há, em relação a tudo o que tem a ver com o seu núcleo mais pessoal, um secretismo quase impenetrável e difícil de explicar. A família Putin é um dos maiores tabus da Rússia. Até mesmo para os inimigos do homem que está à frente dos desígnios da Rússia há mais de duas décadas.
Ana Cristina Esteveira
Ana Cristina Esteveira
04 de março de 2022 às 02:21
Vladimir Putin
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Se se sabe muito pouco sobre Vladimir Putin, ainda menos se sabe sobre a família do homem que ocupa o poder da Rússia desde 2000. Quase que não existem imagens da sua vida familiar. Praticamente não há fotografias, filmes ou qualquer outra informação das pessoas que compõem o núcleo mais chegado do presidente russo. "O tabu em relação à família aumenta em proporção ao tempo que está no governo", referia o ‘New York Times’ já em 2012.  O mesmo jornal falava de um "secretismo quase impenetrável".

Por sua vez, jornalistas russos asseguram que é mais fácil abordar temas de segurança nacional do que tentar descobrir coisas sobre a família Putin. Para se fazer uma ideia de todo este hermetismo, o cineasta alemão Herbert Seipel realizou em 2012 o filme ‘Ich, Putin’ falou de muitos aspetos da vida do homem que ocupa o Kremlin. No entanto, sobre a sua vida privada nem uma palavra. A razão para tanto secretismo é explicada através da obsessão do líder russo pela segurança. Ele, que foi agente da KBG, os temíveis serviços secretos russos.

Vladimir Putin que prima pelo silêncio férreo sempre que é incitado a abrir um pouco o véu da sua privacidade, abriu raras exceções. Uma delas foi numa conferência de imprensa, em 2015, em que avançou as razões para não falar dos seus. É uma forma de os proteger e manter em segurança. Sabe que poderão ser um alvo mais fácil que ele próprio: "Nunca falei das minhas filhas e muito menos onde e em quê trabalham. Não o vou fazer agora. Por muitas razões, incluindo para segurança delas", disse, mas não sem antes acrescentar: "Penso que cada pessoa tem direito ao seu próprio destino. Nunca foram filhas de uma celebridade, nunca gostaram de ser o centro das atenções e apenas querem viver as suas próprias vidas", atirou sem mais explicações.

Ainda assim, há meios de comunicação social, especialmente a internacionais, que não desistem e se vão aventurando em descobrir mais segredos desta tão misteriosa família. Jornais, revistas e televisões já tentaram desvendar a identidade dos filhos de Putin, legítimos e ilegítimos. Mas não se pode dizer que estas investigações tenham sido muito bem-sucedidas.

Os filhos de Putin

Há uma certeza: o presidente russo tem duas filhas nascidas da sua relação de 30 anos com Lyudmila Putina. Mas correm rumores que Putin tem outros filhos, nascidos fora do seu casamento. A única certeza que existe é que as filhas mais velhas conseguiram mergulhar na "clandestinidade" por terem saído da escola na altura em que o pai subiu ao poder. Passaram a ter aulas privadas em casa e quando voltaram a sair para prosseguir os estudos conseguiram novas identidades. Os colegas antigos, tinham-lhes perdido o rasto.

Maria: A primogénita nasceu em 1985 quando a Perestroika de Mikhail Gorbachev já estava em andamento e a União Soviética conhecia novos ares. Putin, por sua vez, fazia carreira como agente secreto da KGB. Vivia em Leningrado, hoje, São Petersburgo. Masha, como é carinhosamente tratada pela família e os amigos, é médica endocrinologista e tem uma identidade falsa. Usa (ou usava) o nome de Maria Vorontsova. É casada com Jorrit Faassen, um empresário holandês que trabalhou para a empresa de gás mais importante do país, a Gazprom. Maria e o marido vivem em Moscovo e serão pais de um rapaz nascido em 2002. Será, portanto, o primeiro neto do presidente russo. Correm rumores que Putin tem um outro neto nascido em 2017. Mas não há nenhuma confirmação oficial deste facto.

Yekaterina. Nascida um ano mais tarde que Maria, a segunda filha do líder russo será uma reputada cientista. O seu nome foi referido aquando o lançamento da vacina anti-covid, a Sputnik V (como foi batizada a vacina russa para combater a doença). Katya, como é tratada na intimidade, nasceu em Dresden, na Alemanha, quando Vladimir estava naquele país ao serviço da KGB. Para além da sua carreira académica, a segunda filha do casal Putin tem um gosto especial por desporto. Praticaria profissionalmente rock acrobático, tendo vencido inclusivamente vários prémios. Foi com o nome de Yekaterina Tíjonova participou em vários campeonatos com Iván Klímov por par. Venceram a medalha de prata no campeonato de Rússia de 2014. O Kremlin já desmentiu tratar-se da filha do presidente, mas a verdade é que todos os indícios apontam para isso. Yekaterina Tijonova foi casada com o multimilionário Kiril Shamálov, mas esta união só durou cinco anos.

Yekaterina Putina, filha de Vladimir Putin
Yekaterina Putina, filha de Vladimir Putin

Elizaveta Krivonogikh.  Filha da antiga empregada das limpezas e amante do presidente russo, Svetlana Krivonogikh, identificada nos Panama Papers, é uma influencer bem conhecida no seu país. Luiza Rozova, identidade que assumiu, "calou-se" depois de dar entrevistas, mostrar fotos e fazer revelações aos seus mais de 83 mil seguidores no Instagram. A filha da antiga empregada de limpeza está registada apenas com o nome da mãe, sem o paterno, mas o seu nome do meio é Vladimirovna, um patronímico que significa "filha de Vladimir". Questionada sobre as suas semelhanças físicas com Putin, ela responde: "Ouça, em comparação com as fotografias dele jovem, provavelmente sim, pareço com ele. Mas, como se viu, há muita gente que se parece com Vladimir Vladimirovich". Noutra entrevista de agosto, ao site ‘Srsly.ru’, Luiza recusou revelar a identidade do pai afirmando que a polémica já tinha sido revelada e que seria "chato saber a verdade", mas também se recusou a responder se já conheceu Putin. Contudo, a jovem confessou que faria uma pergunta ao presidente russo se estivesse em frente a ele. "Qual pergunta", disse o jornalista. "Porquê?", respondeu.

Mais quatro filhos desconhecidos. Depois de anunciar o divórcio com Lyudmila Putina, começaram a circular rumores de que Putin manteria uma relação sentimental com Alina Kabaeva, uma talentosa campeã olímpica de ginástica que se retirou em 2005. O romance terá começado ainda durante o casamento do presidente e terá sido Alina a razão para o fim da união de 30 anos. A imprensa fala de um filho nascido em 2008 e em 2012 terá vindo ao mundo mais uma menina. Até ao momento ainda ninguém conseguiu confirmar estes nascimentos, nem mesmo o dos gémeos que terão nascido uns anos mais tarde. A notícia foi avançada em 2018 pelo jornal britânico ‘The Sun’. O tabloide dizia que Alina Kabaeva estava desaparecida, e que esse desaparecimento se devia ao facto de ter estado novamente grávida dos tão falados gémeos. A ser verdade, Vladimir Putin terá sete filhos.

Os amores do presidente

O presidente russo não é descrito como um Dom Juan, mas isso também se pode dever à lei "da rolha" que impera no Kremlin. Fala-se que Putin terá mantido romances com duas bailarinas, uma profissional do boxe, uma cantora de ópera e uma espia falhada. Já os amores que lhe são conhecidos não são assim tantos: apenas três mulheres. E todas elas ter-lhe-ão dado filhos.

Lyudmila Putina. A única que foi sua mulher oficial. O divórcio foi anunciado em 2013 após 30 anos de casamento e duas filhas. Sobre as razões deste desfecho é apontado o facto do presidente ser muito dedicado ao trabalho e lhe sobrar pouco tempo para a família. "Foi uma decisão conjunta: raramente nos vemos, cada um tem a sua própria vida", disse na altura o líder russo perante as câmaras de televisão. Já a ex-mulher referiu que o divórcio tinha sido "civilizado" e o casal "sempre se manterá próximo". Mas não é o que parece, pois, a mãe de Masha e Katya praticamente que desapareceu. A mulher que dizia que não gostava de andar de avião (o que não deixa de ser curioso, pois foi hospedeira da Aeroflot) e de estar sob as luzes da ribalta, voltou a adotar o seu apelido de solteira Shkrébneva. Mas em 2016 ficou a saber-se que Lyudmila tinha voltado a casar, desta vez com Artur Ocheretni, 20 anos mais novo do que ela. O Kremlin nada disse sobre este casamento, mas desde então a ex-mulher de Putin deixou de ser vista em público.

Lyudmila Putina
Lyudmila Putina

Alina Kabáyeva. A antiga ginasta será ainda a mulher que continua ao lado do líder russo.  Segundo notícias vindas a público nos últimos anos, ela será a mãe de quatro dos seus sete filhos. Mas, uma vez mais, não há garantias de nada. Este romance foi conhecido dos russos através um jornal que avançava que os dois eram um casal depois de se terem apaixonado em 2008. Não deixa de ser estranho que esta publicação tenha fechado portas pouco tempo depois de ter divulgado o amor secreto do presidente, alegando problemas financeiros. O que contribuiu fortemente para os rumores de uma relação sentimental foi o facto de Alina ter tido uma ascensão política vertiginosa. En 2014, o jornal inglês ‘The Guardian’ avançava que Alina Kabayeva, que foi deputada durante seis anos, tinha sido nomeada para liderar um dos principais meios de comunicação favoráveis ao Kremlin.

Alina Kabáyeva
Alina Kabáyeva

Svetlana Krivonogikh. A antiga empregada de limpeza de Putin e mãe de Luiza é hoje uma mulher poderosa e com uma fortuna inacreditável de 87 milhões de euros. A 2 de abril de 2003, exatamente um mês depois de Svetlana dar à luz uma menina, uma empresa no paraíso fiscal das Caraíbas, a Brockville Development Ltd, adquiriu um apartamento em Monte Carlo por 3,6 milhões de euros, o que deve valer hoje 5,3 milhões com os ajustes da inflação. Os Panama Papers não revelam quando Svetlana se tornou a principal beneficiária daquela empresa, mas em 2006 o nome da ex-amante de Putin já aparece entre os documentos da offshore. Esta não é a única forma de Svetlana fazer fortuna. Outros documentos mostram que ela tem imóveis em São Petersburgo, ações em bancos, além de ser dona de um iate e de ter uma conta num banco suíço.

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