Acabou o silêncio e Betty parece estar disposta a contar, preto no branco, tudo o que aconteceu no seu casamento com José Castelo Branco. Pelo menos, a julgar pelos últimos relatos em que, pela primeira vez, terá aberto o jogo sobre o que passava dentro das quatro paredes de sua casa.
Através de um áudio divulgado recentemente pela TVI, é possível ouvir a veterana, de 95 anos, detalhar um dos momentos mais horríveis que terá vivido às mãos do marido. Sem nunca detalhar quando é que o episódio aconteceu, Betty descreve um cenário de violência física.
"Ele quase me matou. Uma vez tentou estrangular-me até à morte... Eu estava de pijama e ficou todo rasgado", pode ouvir-se no áudio.
Apesar da violência doméstica a que, alegadamente, estaria sujeita, a norte-americana, de 95 anos, optou sempre pelo silêncio, algo que a nova amiga Marcella Fernandes justifica com o facto de Betty viver num clima de medo. "A Betty sentia-se tão mal que acreditou que ia morrer. Ela queria que as pessoas soubessem o que tinha passado ao lado do homem de quem tinha tanto medo e que considerava perigoso. Ela nunca o fez antes porque foi no hospital que se sentiu segura pela primeira vez. Foi a mim que ela começou por contar tudo", revelou a empresária moçambicana à 'TvMais'.
Numa outra conversa, desta vez com o amigo Abel Dias, uma das primeiras pessoas a ter denunciado à Flash! o que se estava a passar com Betty, a socialite não esconde o alívio que esta mudança de vida lhe terá causado. "Finalmente! Esperei muito tempo por isto, esperei demasiado tempo", disse Betty, antes de ter tido alta hospitalar, mais de um mês depois de ter dado entrada no Hospital Cuf Cascais, quando ainda nem imaginava a reviravolta que a sua vida iria sofrer.
De regresso a Nova Iorque, Betty irá viver no seu apartamento, do qual o filho Roger se assegurou que teria fechaduras trocadas para impedir a visita indesejada de José Castelo Branco. Antes disso, porém, Betty deverá passar por um aclínica privada onde será acompanhada nesta fase mais débil, foi entretanto noticiado. É à distância que mãe e filho vão acompanhar os dois processos que decorrem na Justiça: o de violência doméstica e o de divórcio, que colocará oficialmente fim à união celebrada em 1996 pelo socialite e a norte-americana. Depois, esse terá também de ser registado em Nova Iorque, onde o casamento foi validado.
"A POLÍCIA TIROU-LHE FOTOGRAFIAS"
Muitas vezes acusado de inércia ou de alheamento face ao estado de saúde débil da mãe, Roger Basile passou as últimas semanas em Portugal para, precisamente, prestar apoio a Betty e levá-la em segurança de regresso aos Estados Unidos.
O filho da socialite já foi, inclusivamente, ouvido pelas autoridades, dando o seu testemunho.
Mais uma vez, recupera um episódio de violência que diz ter acontecido bem no início do casamento da mãe e que foi, inclusivamente, relatado às autoridades portuguesas, ainda que na altura o caso não tenha tido seguimento.
"Falei com a Polícia e disse-lhes tudo o que queriam saber. Respondi às perguntas e ficaram satisfeitos com aquilo que eu disse. (...) Sinto-me bem por haver alguém aqui, na Polícia, que sabe de tudo. Quando isto aconteceu anteriormente, há 25 ou 27 anos, quando ele [José Castelo Branco] lhe bateu, a minha mãe foi à Polícia com uma pessoa amiga, acho que lhe tiraram umas fotografias e depois ela foi-se embora. Mas a polícia nunca foi lá a casa nesse dia", recordou Roger ao programa 'TVI - Em Cima da Hora'.
O empresário mostra-se agora feliz por, finalmente, ter conseguido ajudar a mãe a libertar-se do casamento e garante que vai manter a vigilância apertada nos próximos tempos para garantir que não há qualquer hipótese de uma 'recaída'.
