
Abel Dias é amigo de Betty Grafstein desde os tempos em que a socialite ainda não era casada com José Castelo Branco e não tem dúvidas de uma coisa: nunca a viu tão frágil como agora. O conhecido fotógrafo do jet set tem acompanhado com especial preocupação o delicado estado da amiga, de 95 anos de idade, e revela agora à 'The Mag' como a encontrou das duas vezes em que esteve com ela no hospital, quando esta lhe pediu ajuda, denunciando o pesadelo que estaria a viver às mãos do marido.
"Estive com a Betty pela primeira vez pouco depois de ela ter chegado, antes do batizado (da neta de José Castelo Branco). Nessa altura, ela foi logo hospitalizada na Cuf Tejo e o Zé foi para o Porto, deixou-a sozinha no hospital. Quando a fui ver, estava muito frágil, muito assustada, pediu-me ajuda, contou-me o que estava acontecer. Estava apavorada", começou por contar o conhecido fotógrafo, acrescentando que na altura tentou alertar uma série de pessoas para aquilo que estava a acontecer, mas sem sucesso. "Acharam que eu estava maluco".
Por isso, quando o país se mostrou em choque perante a denuncia de violência doméstica feita pelos médicos do hospital onde a norte-americana está agora internada, nos cuidados intermédios, com uma fratura no fémur e no braço esquerdo, depois de, alegadamente, ter sido empurrada pelo marido, Abel Dias apenas respirou de alívio por Betty estar finalmente segura. "A minha amiga merece ter uns últimos anos de uma vida digna. Ninguém imagina aquilo por que ela tem passado", diz, adiantando que, apesar de a violência se ter agravado nos últimos tempos, aquilo que as pessoas veem nas redes sociais não podia ser mais distinto da realidade que acontece dentro das quatro paredes da casa da veterna, em Nova Iorque.
"Aquilo é uma fachada. O Zé obriga a Betty a gravar aqueles vídeos, a dizer aquelas coisas, mas depois sempre a tratou mal. Eu nunca presenciei nenhuma cena de violência física, mas psicológica foram muitas... A forma como ele fala com a Betty, a falta de cuidado que demonstra para com ela, as pessoas não imaginam. Ela vive aprisionada."
Abel Dias admite que só agora que Betty regressou a Portugal é que voltou a ter contacto com a amiga, uma vez que nos Estados Unidos tal é praticamente impossível. "O Zé tira-lhe o acesso ao telefone, a tudo... Aqui consegui estar com ela, mas sempre quando o Zé não está no hospital, porque de resto quer controlar tudo. A Betty está muito frágil, muito abalada. São muitos, muitos anos a viver assim. Há 25 anos que não vejo a Betty sorrir."
Quando questionado sobre o porquê de a socialite nunca ter denunciado Castelo Branco ou terminado o casamento, Abel Dias admite que, ainda que ao início a Betty o possa ter perdoado por "haver alguns sentimentos", há muito que isso mudou. Hoje, não tem dúvidas de que, e na situação de vulnerabilidade em que se encontra, Betty não o faz por medo. "Ela diz-me que tem muito medo do Zé, que ele a ameaça matar se ela fizer alguma coisa. Agora, caiu a máscara."
Amigo de Betty, Abel Dias diz que não se vai calar para que a socialite possa ser finalmente livre e deixa um sério aviso: diz ter em sua posse uma gravação em que Betty assume a violência física e psicológica. "Tenho uma gravação em que a Betty pede ajuda e assume tudo: a violência, tudo..."
"O FILHO JÁ ESTÁ A PAR DE TUDO"
Betty Grafstein tem um único filho, Roger, que vive em Nova Iorque e nunca aceitou o casamento da mãe com José Castelo Branco. De acordo com Abel Dias, a relação entre mãe e filho não é hoje tão próxima como Betty gostaria por causa das escolhas que fez na vida.
"O casamento dela com o Zé afastou-a do filho. Ele não aceita, nunca aceitou. Chegou a expulsar o Zé de casa, em Nova Iorque, mas depois a Betty perdoou-o e claro que estas coisas deixam marcas. Depois, o Zé aproveitou a fotografia de um único dia, num aniversário da Betty, em que ele e o filho estiveram juntos para passar a ideia de que tinham feito as pazes, mas é tudo mentira. O filho não o aceita", explica.
Para acautelar a situação da mãe, é Roger quem detém o total acesso às contas bancárias, impedindo o marchand de arte de movimentar dinheiro e dando-lhes apenas o essencial para a vida do dia a dia.
De acordo com Abel Dias, quando Betty foi internada pela segunda vez, já no Hospital Cuf Cascais, os médicos pediram a Castelo Branco contactos de outros familiares, mas o socialite recusou facultar o número do filho. Mais tarde, acabariam por conseguir ter acesso ao contacto de Roger, tendo-o posto já ao corrente da situação.
"Ele já sabe de tudo, quer que a mãe volte para os Estados Unidos assim que estiverem reunidas as condições para tal, e depois ele vai tirar finalmente o Zé da vida da Betty. O melhor que lhe podia acontecer é este canalha desaparecer da vida dela para sempre. A Betty merece que este pesadelo acabe".