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Carlos e Camilla celebram 20 anos de união num momento delicado. A história de amor que suscitou ondas de ódio e ternura aos britânicos

A história de amor entre os monarcas está longe de ser consensual e durante muitos anos Camilla foi vista como a "má da fita" que impediu Diana de viver o seu conto de fadas. Tantas vezes odiada, soube dar tempo ao tempo e mostrar que o seu amor pelo marido era genuíno. Hoje, é o seu grande apoio, na saúde e na doença.
Rute Lourenço
Rute Lourenço
06 de abril de 2025 às 21:38
Carlos; Camilla
Carlos; Camilla

O rei Carlos III e Camilla Parker Bowles assinalam esta quarta-feira, dia 9 de abril, 20 anos de casados. Estarão em Itália, numa visita oficial, aquando da data marcante, num momento particularmente difícil para o monarca, que tem visto a sua saúde deteriorar-se nos últimos tempos, com rumores a darem conta de que já nada mais há a fazer para combater o cancro de que padece.

Uma dor que se estende, naturalmente, a Camilla, que aos poucos se preparará para viver sem aquele que é o grande amor da sua vida, numa tarefa que não se afigura fácil. Quem priva com os dois descreve à imprensa britânica que eles são o típico casal inseparável: cúmplices, amigos, unidos em todos os momentos, sabendo sempre ultrapassar as polémicas com serenidade.

Este foi, aliás, uma espécie de mantra ao longo da vida de um par que tem tanto de amado como odiado pelos britânicos. E se agora o amor já suscita ondas de ternura, durante muito tempo Camilla foi vista como a 'má da fita', uma espécie de 'Cruella', sempre no meio do casamento de Carlos e Diana.

A verdade é que quando se casou com a princesa, Carlos já estava apaixonado por Camilla e nada nunca conseguiu mudar isso, o que provocaria uma enorme dor em Diana que, jovem e sonhadora, queria viver o seu conto de fadas. Nos primeiros anos de casamento, os dois ainda acreditaram que tal seria possível, mas a realidade acabou por se interpor aos sonhos e Carlos e Diana foram-se distanciando ao ponto de as traições passarem a ser de parte a parte. Quando assinaram o divórcio, um ódio visceral já marcava o relacionamento entre os dois.

A SINUOSA HISTÓRIA DE AMOR

Carlos e Camilla conheceram-se em 1970, durante uma competição de polo, em Windsor, e há quem diga que o amor foi fulminante. No entanto, teriam de esperar mais de 30 anos até assumirem oficialmente o que sentiam. O pontapé de saída foi dado por Carlos, um ano depois de ter rubricado o divórcio de Diana.

Na altura, organizou uma festa na sua casa de campo em Highgrove para celebrar os 50 anos de Camilla, o que foi visto como uma declaração de intenções para que assumissem aquilo que sentiam. Ainda assim, a rainha Isabel II não marcou presença, o que sugeria que o processo poderia contar com alguns entraves pelo caminho. E contou. A morte da princesa Diana, um ano mais tarde, em 1997, acabaria por adiar todo o oficializar desta relação, com Camilla a ser o centro de uma narrativa de ódio em Inglaterra.

Em 2005, os dois acabariam por trocar, finalmente, alianças, numa cerimónia civil, que mudou o jogo para o mediático casal, que já não precisava de se esconder. Foi a porta de entrada de Camilla para a família real, algo que foi acontecendo, no entanto, muito lentamente, de forma ponderada, e sem cometer erros, com a consciência de que este seria sempre um terreno pantanoso, no qual teriam de se movimentar com cuidado. No meio de tudo isso, Camilla acabaria também por conquistar os filhos do marido, especialmente William, com quem hoje mantém uma excelente relação.

Com os ingleses, a antipatia natural que muitos sentiam custou a mudar, com Camilla a tardar a conquistar o carinho dos súbditos. Porém, teve a paciência para esperar e hoje é vista como o grande suporte do rei, na saúde e na doença.

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