A busca pela perfeição e por ser o melhor em tudo o que faz, fez com que Cristiano Ronaldo fosse à procura da sua plenitude em Inglaterra. Recuemos uma década: o Manchester marca a carreira internacional do craque português. Apesar de estar muito ligado profissionalmente e emocionalmente a Madrid, nunca nos podemos esquecer que foi no Reino Unido que o madeirense esteve no centro das atenções do mundo.
Tinha apenas 21 anos quando, saído do Sporting, rumou até terras de Sua Alteza e, apesar de ter lutado pelo número 28 - o que vestiu na equipa de Alvalade -, Fergunson lhe impingiu o número 7, a camisola que veste até aos dias de hoje, tornando-se o seu número da sorte. O madeirense saiu de Portugal para o mundo, ganhou destaque e já prometia ser o melhor do mundo. O céu era o limite.
Começaram os seus tempos áureos. Com milhões nos bolsos, o menino humilde da Madeira, tornava-se milionário. Destacava-se pelos carros, era visto com modelos internacionais e nas férias fazia questão de marcar presença em festas com celebridades de todo o mundo. Mas o foco era só um: ser um génio em campo. É facil olhar para trás e recordarmo-nos só dos momentos bons de Ronaldo em Manchester. No entanto, é impossível esquecer que tudo o que Inglaterra lhe deu, tirou-lhe em dobro.
Em 2005, Cristiano Ronaldo é confrontado com a morte do pai. Dezassete anos depois, o capitão da Seleção sofre um dos maiores golpes da sua vida e, ao lado de Georgina Rodríguez, chora a morte de um dos seus filhos. A "maldição de Manchester" pode mudar o rumo da vida do jogador. Afinal, onde reside a felicidade?
O LADO NEGRO DE UM DIA QUE TINHA TUDO PARA SER FELIZ
Segunda-feira. Dia 18 de abril. Uma data que ficará para sempre marcada na memória do clã Aveiro e com um misto de sentimentos ao qual é impossível ficar indeferente: por um lado, o nascimento de uma menina - cujo nome ainda não foi revelado até à data -, por outro; a morte do menino. Dos gémeos - a segunda gravidez biológica de Georgina - apenas um sobreviveu.
Ao final da tarde desta segunda-feira, o mundo é confrontado com uma das piores notícias que quaisquer pais podem dar. "É com a mais profunda tristeza que comunicamos o falecimento do nosso bebé. É a maior dor que quaisquer pais podem sentir.", lê-se, como um murro no estômago, no comunicado de Ronaldo e Gio. Segue-se a notícia do nascimento da menina. "Só o nascimento da nossa bebé nos dá forças para viver este momento com alguma esperança e felicidade. Gostaríamos de agradecer aos médicos e enfermeiros por todo o cuidado e apoio disponibilizado." O casal terminou a nota salientando estarem "devastados" e com um promessa de amor eterno. "Nosso menino, és o nosso anjo. Vamos amar-te para sempre."
Poucos detalhes se sabem acerca do que aconteceu neste trágico dia em Manchester. Cristiano Ronaldo pediu "privacidade" e isso tem sido respeitado mesmo no país onde os tablóides enchem as prateleiras de qualquer papelaria. Apenas é conhecido que o parto foi de cesariana e que foi durante o mesmo que o futebolista e a manequim tiveram conhecimento da morte do filho. Não se sabe se o gémeo terá ainda saído do ventre da mãe com ou sem vida ou se o bebé já estaria sem o coração bater.
Em Portugal estava Dolores Aveiro e a irmão de CR7, Elma, que, ansiosas esperavam a chegada de mais duas crianças para o clã Aveiro. A má notícia deixou todos de coração partido. Do outro lado do Atlântico, Katia foi a única que se manifestou publicamente no próprio dia. "Amo vocês e meu coração está todo aí desse lado. Que Deus cuide de tudo e que fortaleça cada vez mais o caminho de vocês. O nosso anjinho já está no colo do pai, e a nossa menina que está cá firme e forte e cheia de saúde vai nos ensinar cada vez mais que só o amor importa."
Confiantes na recuperação do estado emocional do irmão e da companheira, Elma mantém o pensamento positivo: "A vida tem destas coisas, interessa tudo o resto estar bem." Conseguirá Ronaldo continuar na terra que mais o faz chorar? O QUE PODE ESTAR POR TRÁS DA MORTE DO MENINO Muito se tem escrito sobre os motivos que podem ter levado à morte do bebé, mas só os pais e os médicos responsáveis pelo parto de Georgina têm a resposta do que aconteceu naquele quarto de hospital. No final do dia de quinta-feira surgiu, finalmente a primeira imagem da família: Ronaldo, Georgina e os filhos, já com a nova bebé nos braços do craque. A imagem da esperança.
Confiantes na recuperação do estado emocional do irmão e da companheira, Elma mantém o pensamento positivo: "A vida tem destas coisas, interessa tudo o resto estar bem." Conseguirá Ronaldo continuar na terra que mais o faz chorar?
O QUE PODE ESTAR POR TRÁS DA MORTE DO MENINO
Muito se tem escrito sobre os motivos que podem ter levado à morte do bebé, mas só os pais e os médicos responsáveis pelo parto de Georgina têm a resposta do que aconteceu naquele quarto de hospital. No final do dia de quinta-feira surgiu, finalmente a primeira imagem da família: Ronaldo, Georgina e os filhos, já com a nova bebé nos braços do craque. A imagem da esperança.
Nem Ronaldo nem Georgina falaram sobre o que poderá ter levado à morte do tão aguardado filho. Mas de acordo com o obstetra Luís Mendes Graça, "há uma vasta quantidade de causas" que podem determinar um final menos feliz para uma gestação de gémeos. "Um feto poderia estar muito mais desenvolvido que o outro; o tipo de gravidez gemelar, ou seja, se havia uma ou duas placentas, também pode ser determinante, ou uma situação de hipertensão na gravidez são alguns exemplos", explicou ao Correio da Manhã.
À revista 'Sábado', Alexandra Matias, obstetra, professora da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e uma das maiores especialistas em gémeos, explicou: "Se é um rapaz e uma rapariga, então são gémeos dizigóticos, o que quer dizer que as placentas são separadas. Um deles pode ter morrido ainda no útero por haver uma diferença de crescimento, que é muito comum nos gémeos – 25% tem uma restrição seletiva de crescimento, um cresce normal, o outro cresce pouco e pode morrer por isso. Mas como são dizigóticos, com uma placentação dicoriónica, não se provoca o parto antecipadamente para evitar a prematuridade do outro."
Seja qual for o triste acontecimento por detrás da morte, Georgina e Ronaldo poderão precisar de acompanhamento psicológico, até porque têm cinco crianças a seus cuidados: Cristianinho, os gémeos Eva e Mateo, Alana Martina e, agora, uma menina. A PERDA AGONIZANTE DO PAI Foi durante a sua primeira estadia no Manchester que Ronaldo enfrentou aquela que, até agora, tinha sido a maior perda da sua vida. No dia 6 de setembro de 2005, o futebolista que estava em Moscovo, na Rússia, a lutar pelo apuramento de Portugal para o Mundial de 2006, quando recebeu a notícia da morte do pai, José Dinis Aveiro.
A PERDA AGONIZANTE DO PAI
Foi durante a sua primeira estadia no Manchester que Ronaldo enfrentou aquela que, até agora, tinha sido a maior perda da sua vida. No dia 6 de setembro de 2005, o futebolista que estava em Moscovo, na Rússia, a lutar pelo apuramento de Portugal para o Mundial de 2006, quando recebeu a notícia da morte do pai, José Dinis Aveiro.
O pai do jogador estava hospitalizado em Londres, onde faleceu, aos 51 anos, devido a problemas hepáticos e renais. Cristiano Ronaldo recebeu a notícia às 21h00 - 18h00 em Lisboa - e optou por permanecer junto da selecção. Apesar de bastante abalado com a notícia, o futebolista mostrou vontade de continuar com os restantes companheiros e levou o seu vontade para a frente. Ronaldo recompôs-se e, apesar da dor imensa, ergueu o cabeça e provou ser um motivo de orgulho para que o pai festejasse cada uma das suas conquistas no céu.
O SILÊNCIO DE GEORGINA E O REGRESSO DE RONALDO O comunicado que dava conta da tragédia que recaíu sobre a família de Ronaldo foi publicado em nome do craque e da modelo. Mas a verdade é que nada de soube sobre o estado físico e emocional de Georgina Rodríguez. Não se sabe em que hospital a espanhola passou por este momento dramático, se já está em casa nem como está a reagir a esta perda que, ao mesmo tempo, compensa com o nascimento de mais uma menina.
O SILÊNCIO DE GEORGINA E O REGRESSO DE RONALDO
O comunicado que dava conta da tragédia que recaíu sobre a família de Ronaldo foi publicado em nome do craque e da modelo. Mas a verdade é que nada de soube sobre o estado físico e emocional de Georgina Rodríguez. Não se sabe em que hospital a espanhola passou por este momento dramático, se já está em casa nem como está a reagir a esta perda que, ao mesmo tempo, compensa com o nascimento de mais uma menina.
Brave Cristiano Ronaldo seen for first time since his son's death https://t.co/Fi7MGLzhBZ pic.twitter.com/NWztDRNxjE
— The Sun Football ? (@TheSunFootball) April 20, 2022
Por seu lado, Ronaldo regressou na quarta-feira, dois dias depois, ao trabalho, depois de ter falhado o jogo frente ao Liverpool, em que os red devils perderam por 4-0, jogo que ficou marcado por uma arrepiante homenagem ao futebolista no minuto 7 da partida, em que os adeptos de ambas as equipas uniram-se e aplaudiram de pé, cantando o tema 'You'll Never Walk Alone".
A primeira imagem que surge de Ronaldo é angustiante. Com a cabeça baixa, dentro de um carro conduzido pelo seu segurança, o craque português mostra-se cabisbaixo, sem querer enfrentar as câmaras. O ADEUS DEFINITIVO E A NECESSIDADE DE LUTO O sofrimento de Ronaldo e Georgina parece não ter fim. Os pais terão agora de dar mais um passo doloroso neste processo: preparar as cerimónia fúnebres do bebé, sobre as quais nada se sabe. Amigos próximos garantem que, para o casal, não faz qualquer sentido fazer a última despedida em Manchester, uma vez que esta não será a morada definitiva do futebolista a longo prazo. Há quem acredite que Cristiano, juntamente com Gio, pondere fazer que o último adeus seja feito na Madeira e que o craque queira que o filho descanse junto do seu pai, ficando assim sempre perto de Dolores.
O ADEUS DEFINITIVO E A NECESSIDADE DE LUTO
O sofrimento de Ronaldo e Georgina parece não ter fim. Os pais terão agora de dar mais um passo doloroso neste processo: preparar as cerimónia fúnebres do bebé, sobre as quais nada se sabe.
Amigos próximos garantem que, para o casal, não faz qualquer sentido fazer a última despedida em Manchester, uma vez que esta não será a morada definitiva do futebolista a longo prazo. Há quem acredite que Cristiano, juntamente com Gio, pondere fazer que o último adeus seja feito na Madeira e que o craque queira que o filho descanse junto do seu pai, ficando assim sempre perto de Dolores.
Depois deste último adeus, deverá começar-se o processo de luto. À FLASH!, o psicólogo Quintino Aires realça a importância do madeirense e da espanhola falarem do assunto entre eles e com os filhos. "O mais importante de todos é que estes pais conversem sobre o que estão a sentir. É essencial que o façam também com os quatro filhos que ficaram à espera dos irmãos. Podem falar todos em conjunto ou terem conversas individuais. Por exemplo, pela grande cumplicidade que Cristiano tem com o filho mais velho, pode haver uma conversa só entre os dois. Não será preciso dizer muito, mas Ronaldo poderá incentivar Cristianinho a colocar as perguntas que ele considerar necessárias para entender o que se passou."
Outro passo importante para que o casal consiga viver em paz é desfazer o quarto que estava preparado para receber os dois bebés, deixando-o pronto apenas para a menina. "Três dias é muito tempo e uma semana é um tempo infinito. Até pode ser ela [a Georgina] a fazê-lo, mas que o faça o quanto antes." A LUTA POR MAIS FILHOS Ronaldo sempre demonstrou a sua vontade em ter uma família numerosa e, segundo Adriano Silva Martins, comentador da CMTV, o sonho não acaba aqui. "A Georgina está forte, está-se a agarrar à fé e está-se a agarrar a essa menina que sobreviveu e que isso lhe está a dar força e que o casal continua forte. Sabe que há um anjinho no céu que o está a proteger e que lhe vai dar força para ter mais filhos. O casal quer ter mais filhos, apesar desta tragédia, Cristiano e Georgina não desistem de ter mais filhos, isto foi a apresentadora espanhola Cristina Tárrega que me comentou para eu comentar aqui no 'Manhã CM'", afirmou, explicando que Cristina é muito próxima da manequim.
Ronaldo sempre demonstrou a sua vontade em ter uma família numerosa e, segundo Adriano Silva Martins, comentador da CMTV, o sonho não acaba aqui. "A Georgina está forte, está-se a agarrar à fé e está-se a agarrar a essa menina que sobreviveu e que isso lhe está a dar força e que o casal continua forte. Sabe que há um anjinho no céu que o está a proteger e que lhe vai dar força para ter mais filhos. O casal quer ter mais filhos, apesar desta tragédia, Cristiano e Georgina não desistem de ter mais filhos, isto foi a apresentadora espanhola Cristina Tárrega que me comentou para eu comentar aqui no 'Manhã CM'", afirmou, explicando que Cristina é muito próxima da manequim.
